sábado, 17 de maio de 2008

Quando a amar se alimenta o prazer...


Vivo no auge da incerteza.
Dias que eu passo sentada
Olhando o brilho do sol,
Idolatrando a sua beleza.

Quisera eu idolatrar
Antes as ondas do mar;
Implorar-lhes que me molhassem
Com o frio da sua água.
Só assim, eu acalmaria o calor
Que me inflama as entranhas...
Invasão de um desejo
Contemplado, mas não saciado!
Chama ardente que não tem porto,
Não tem dono,
Perde-se na negação do teu amar.

Se o corpo que é teu
Me fosse ofertado
Como uma estrela
Brilhando no céu,
Eu pedir-lhe-ia um desejo:
O sabor ardente do teu beijo
Num encaixe perfeito
Com o que é meu.

Estrela cadente
Que desfilas à noite ao luar,
Dá à minha musa amada
As coordenadas para que ela se cole a mim,
E não me se volte a desprender!

A eternidade será o presente do destino
Que juntas iremos percorrer...
Caminhos traçados pelo amor,
Esse ingrediente que tempera a vida
E alimenta minh’alma sedenta
De tudo o que tens para oferecer.

Sei-te de cor,
Sei-te aqui, a meu lado!
O odor do teu corpo suado
Denuncia-te, fala-me ao ouvido.
Instante contemplativo
De infinito prazer...
Abraço inquebrantável
Impossível de romper.

Sem comentários: