terça-feira, 31 de julho de 2007

O regresso de Iran Costa





Há vários anos atrás conheci o Iran, na altura apelidado de "O Bicho". Hoje, o seu apelido mantém-se e, para ilustrar isso mesmo, chega o seu novo CD: "O Bicho Vai Pegar". Mais um Verão repleto de energia e de música contagiante que o Iran faz chegar até ao coração dos portugueses. Deixe-se contagiar, porque eu já deixei!


Qual o preço a pagar por amar?



Divergências

Navego à deriva num tempo do qual não tenho memória; aqueles dias de paz e harmonia alimentando o meu Ser e gerando, consequentemente, um conceito Zen em meu torno.
Do passado sempre restam fragmentos que vivificamos no presente e que, mais vezes do que julgamos, nos ensinam a ver de forma diferente o futuro. No meu caso, a reminiscência do meu passado remete-me para momentos infindáveis de felicidade.
A felicidade é um estado de espírito, de encarar o mundo à nossa volta e senti-lo de forma intensa. Todavia, é um conceito muito abstracto, sendo que a minha felicidade e a forma como a defino, nada tem que ver com outro qualquer indivíduo. Daqui advém desde já uma fonte de aprendizagem para mim: conheci outrora uma mulher; defini-a como alma gémea; julguei ser a outra metade da laranja; vi-a como uma deusa Afrodite alimentando o meu desejo; beijei-a a cada segundo como se o mundo fosse terminar; entreguei-me por inteiro e deixei-me levar pelas abrangentes asas do cupido!
Agora, olhando o espelho estilhaçado, o que vejo?! O que sinto?! As fendas que a ele dividiram em pedaços, a mim ferem-me a alma e nem de longe, nem de perto vivo a calma! Eu vivo a incerteza não só do momento presente mas também do futuro que chegará dentro em breve. Tu fixas o teu olhar como se o quisesses aprisionar. Olhando-te, vem lá no fundo descubro que também tu mergulhaste nesse mar de incertezas e, as ondas ondulantes impedem-te de respirar, fazendo-te sufocar!
São marés de mudança que aspiram a entrar em nossas vidas.
O vai e vem de palavras que ferem afastam-nos de forma gradual e essa rotação constante urge terminar.
Para o bem e para o mal, dois seres humanos têm a capacidade de dialogar e de expressar sentimentos de formas diversas. Que assim seja de agora em diante! Eu, cavaleira andante num deserto em guerra permanente, sou uma sobrevivente lutadora! Não desistirei de ser quem sou, mesmo sabendo que entre nós e, para ti, tudo mudou!

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Até quando?

Lutar com persistência


Um dia acordei
Com a ânsia de amar ,
Fui forte e comecei ...
Comecei a procurar .


Era longa a distância
Mas , mesmo assim não desisti ;
Era maior a minha ânsia
Por isso hoje te tenho aqui .


Muitas vezes quis desistir
Tão grande era a minha dor ...
Mas , algo me fez descobrir
Que vale tudo por amor .


Busquei a felicidade
E a continuo a buscar ,
Resisti com dificuldade
Mas valeu a pena lutar .


Hoje , não estou arrependida
Pois lutei e consegui vencer ;
Mas , em meu peito guardo uma ferida ,
Porque para ganhar , tive primeiro que perder .

domingo, 29 de julho de 2007

Lição de vida



A Ilha dos sentimentos


Autor: Reinilson Câmara


Era uma vez uma ilha, onde moravam todos os sentimentos: a Alegria, a Tristeza, a Sabedoria e todos os outros sentimentos. Por fim o amor. Mas, um dia, foi avisado aos moradores que aquela ilha iria afundar. Todos os sentimentos apressaram-se para sair da ilha.Pegaram seus barcos e partiram. Mas o amor ficou, pois queria ficar mais um pouco com a ilha, antes que ela afundasse. Quando, por fim, estava quase se afogando, o Amor começou a pedir ajuda. Nesse momento estava passando a Riqueza, em um lindo barco.

O Amor disse:

- Riqueza, leve-me com você.

- Não posso. Há muito ouro e prata no meu barco. Não há lugar para você.Ele pediu ajuda a Vaidade, que também vinha passando.

- Vaidade, por favor, me ajude.

- Não posso te ajudar, Amor, você esta todo molhado e poderia estragar meu barco novo.Então,

o amor pediu ajuda a Tristeza.

- Tristeza, leve-me com você.

- Ah! Amor, estou tão triste, que prefiro ir sozinha.Também passou a Alegria, mas ela estava tão alegre que nem ouviu o amor chamá-la.Já desesperado, o Amor começou a chorar. Foi quando ouviu uma voz chamar:

- Vem Amor, eu levo você!Era um velhinho. O Amor ficou tão feliz que esqueceu-se de perguntar o nome do velhinho. Chegando do outro lado da praia, ele perguntou a Sabedoria.

- Sabedoria, quem era aquele velhinho que me trouxe aqui?A Sabedoria respondeu:

- Era o TEMPO.

- O Tempo? Mas porque só o Tempo me trouxe?

- Porque só o Tempo é capaz de entender o "AMOR"."

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Uma sede muito selectiva!

Sentir sede e beber-te


O calor é uma constante
Nas noites de Verão .
Sinto que estou ofegante
E é incontrolável a minha respiração .

Há uma leve brisa
Que paira no ar ,
Sinto bater meu coração
Pois tenho sede de te amar !

É uma sede que me afaga
E me leva á loucura ,
Que soa como uma praga ...
Vai e vem , em qualquer altura .

Apelo aos sentidos ,
Navegantes do amor ,
Mas , também eles perdidos
Tacteiam tudo em seu redor .

O que os sentidos sentem
Só Deus o poderá dizer ,
Contudo , teus olhos não mentem
E aliciam minha vontade de beber .

Irei beber áquela fonte ,
Doce água lhe dá vida ...
Erigida sobre um monte ,
Nobre senhora ali despida !

E hei-la !
Límpida , fresca e salutar
É esta a água que ao beber-te
Me deleito a beijar !

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Arlinda Mestre » LADY IN THE NIGHT



A "Mulher Furacão" de Portugal abriu mais uma vez a sua caixinha de surpresas e desta forma vimos nascer o BARLINDA: um bar galeria, no qual a música; a dança; a fotografia; a pintura e outras mais artes marcam uma presença constante.


O espectáculo de Alioune Koné é uma evasão de ritmos mixados com tons de sedução; sensualidade e glamour da própria Arlinda que o acompanha dançando e cantando também.


Este é um bar jovem em idade, mas promete atingir uma maturidade enorme a um ritmo alucinante! Na Marina de Cascais, ocupa um espaço que não sendo muito grande, consegue adquirir características muito próprias: tem um ambiente muito acolhedor; uma excelente decoração; diversos tons se misturam no seu interior, ampliando assim o espaço; é um local para os noctivagos que apreciam o calor humano e o ritmo quente de uma noite e, como não poderia deixar de ser... tem todo um ambiente místico: chamas de um amarelo cintilante se erguem das velas que também elas parecem dançar ao som da música; rosas vermelhas bebem da água que brota dos corpos banhados em suor, quando tons de pele se misturam!


Eu já lá estive! E você? De que está à espera?





quarta-feira, 25 de julho de 2007

Dádivas da Natureza


Adormeço sob o olhar atento da lua quando, mesmo sem a buscar, ela se dirige a mim. Ao alcance da minha mão, assemelha-se a um vulto fugidio que assombra quatro paredes circunscritas mas, abrindo fendas profundas, as derruba e esvoaça livremente!
A cor que predomina em seu traje cerimonial mais não é que um branco que a eleva a uma pureza que transcende o Ser Humano. A lua, essa eterna amante do sol, é a dama da noite que hipnotiza com a sua presença imponente. Homens que divagais no vazio de uma vida aparentemente sem sentido, olhai-a; prostrai-vos a seus pés e deixai que seja ela a musa que vos inspira!
Do sol, absorvei o amarelo brilhante injectado sobre vós através dos seus longos raios e vede neles um abraço sobre toda a humanidade!
São dádivas da Natureza das quais devemos desfrutar...

O sol e a lua são,
Por si só, dois elementos.
Na Natureza há um milhão
De figuras e segmentos.

Por nada delimitados
Excepto pelo Homem
E pelo excessivo uso da razão,
Porque não sente os sentimentos
Que constantemente o consomem
E abarcam seu coração,
Em múltiplos momentos
Desejados de transformação.

Veja o reflexo da Natureza,
Os ciclos sucessivos a que se submete!
Eleve-se na subtil leveza
Para que esta o remete...

Homem, deixa-te alcançar
Para que não sejas alcançado...
Não faças o tempo esperar!

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Time of my life

Algures no tempo ficou esta música, para mim intemporal, assim como o filme na qual esta se incorpora! Ainda hoje sinto cada palavra como se de um simples dicionário em português se tratasse, até porque o amor tem uma linguagem universal.
A força como 2 pessoas dançam e se tocam, cruzando seus olhares a cada instante, faz-me sonhar e querer voar como eles, pois o seu amor ultrapassa toda e qualquer barreira e... A ETERNIDADE É O SEU LIMITE!

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Questões do momento!


Vácuo


Não sei o que faço ,
Nem faço o que sei !
Enterrei-me neste buraco
E no vácuo me enrolei .

Há volta um vazio ,
Um corpo quente ,
Coração frio
A breves instantes de congelar ,
Porque nada nem ninguém o consegue consolar .

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Até onde chegam os nossos medos?

É fácil ser difícil


Com que facilidade
Torna-mos toda uma vida
Num sinónimo de dificuldade ,
Numa caverna sem saída !?

Somos pedra dura
Acizentada , indestrutível ;
Parte duma caverna escura
Cuja obscuridade é intransponível .

Mas porquê ,
Porquê viver a escuridão ,
Se é mais fácil o que se vê
Surgir do fundo do coração ?!

Então porquê erguer ,
Construir barreiras ?
Não será mais fácil viver
Erguendo antes bandeiras ?

Sim , bandeiras de vitória
Pela oportunidade de vencer ;
Adquirindo a sabedoria ,
O dar e o receber
E assim a glória
De lutar por um querer !

Como é fácil ser difícil
Quando nos persegue o medo ,
Mas vejamo-lo como um incentivo
De um velho amigo ...
Aí reside o segredo !

terça-feira, 17 de julho de 2007

O meu tempo...


Os ponteiros do relógio parecem ter parado num determinado dia perdido no passado, não consigo precisar quando! Agora, percorro minha lembrança tentando-me encontrar nesse tempo vadio que me fugiu, antes que eu pudesse alcançar o verdadeiro auto conhecimento... Este hoje é o meu tempo; a hora sem lugar marcado em que me voltarei para dentro de mim até me achar e localizar!

Estou aqui mas não estou!

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Saudade que mora em meu peito



Brilha na escuridão
E atordoa a minha alma ,
É esta infinita solidão
Que me faz chorar
E perder a razão .
Se choro , é porque é grande meu sofrer
Mas também é grande a vontade de amar ,
Por isso até hoje consigo viver
Na esperança de te conseguir alcançar .
É verdadeiro o meu amor
E ausente meu olhar ,
Meus olhos nos teus buscam o calor
E a certeza de que um dia
Te irão conquistar ...
Conquistar para a eternidade
Tão grande é a tua beleza ,
Mas maior é a minha felicidade
Quando junta a ti ,
Minha bela princesa .

domingo, 15 de julho de 2007

III Gala As Raínhas da Noite (Cronista por um dia)

«««««««««Lúcia Valente







Ontem, dia 14 de Julho às 22h30m, a gala no Teatro Sá da Bandeira deveria ter tido início, digo deveria, porque a entrada dos espectadores deu-se somente por volta das 22h30m e, portanto, gala que é gala começa com atraso.



À porta um aglomerado de pessoas; uma enorme limusine branca trazendo até à Invicta todo o luxo e glamour do dito jet7 nacional contudo, parece-me no mínino de mau tom que, uma das convidadas especiais da noite não tenha comparecido (eu não a vi; alguém viu?!), falo de Simone de Oliveira.






A organização desta gala ficou a cargo da Espectacular Produções e, a representar a mesma, a presença de Daniel Martins. Espectacular?! Sim, de facto foi espectacular a falta de coordenação entre som, luzes, músicas e apresentações!



Apresentarei mais à frente algumas (poucas) fotos, porque foi erguido um "sentido proibido" às máquinas fotográficas.



A apresentadora e anfitriã foi Rita Egídio e brilhou em palco com um misto de ritmo e sensualidade ao interpretar algumas músicas, acompanhada por um corpo de bailarinos. Fiquei chocada num sentido: o orçamento da organização deve ter sido muito restrito afinal, coitada da Rita, de cada vez que aparecia como apresentadora vestia sempre o mesmo vestido preto!


Foram 12 os transformistas que pisaram o palco arduamente; sim, porque estar a vestir a pele de uma personagem (mais ou menos expressiva) e ser limitado por pormenores como: troca de músicas; fumo projectado para o rosto dos mesmos; má qualidade de som e, pior que tudo, estar a fazer um excelente playback, cortarem a música e o artista ficar à deriva no palco movendo somente os lábios (...)


A homenagem a Guida Scarlatty (Carlos Pereira) foi muito sentida e, no meu ponto de vista, o momento mais intenso da noite. Carlos Pereira foi retratado através de uma projecção de diapositivos, desde o Senhor Arquitecto que foi, até à Miss Transformista que brilhou em múltiplos palcos. Foi, pela certa, o pioneiro do transformismo em Portugal e fê-lo numa época de censura! Admiro a sua coragem!



Carlos Pereira & Lúcia Valente



Hoje, aos 63 anos de idade vive dessas boas recordações e da imensidão de amigos que cultivou ao longo dos tempo.



A seu lado, na primeira fila da assistência estavam várias figuras públicas e a grande mulher que sempre o apoiou incondicionalmente - a sua mãe, já com mais de 80 anos.



O prémio carreira foi atribuído ao Perdigão, impossibilitado de actuar por questões de saúde, mas sempre de rosto sorridente dando a cara perante o mundo do espectáculo.



E, não obstante as peripécias ocorridas ao longo da noite, é chegado o momento de maior suspense: Senhores e Senhoras, a Raínha da Noite é... Roberta Kinski!







Tal como o famoso cronista Carlos Castro e, uma vez sendo eu cronista por um dia, também decidi atribuir uma laranja doce e uma laranja amarga.







VOILÁ:







Laranja doce » Rita Egídio


Laranja amarga » Espectacular Produções






























sábado, 14 de julho de 2007

Por detrás de uma máscara


Desde tenra idade comecei a analisar os comportamentos e atitudes das pessoas que coabitavam comigo o planeta Terra e, por mais intrigante que seja, hoje dou por mim a agir do mesmo modo. Outrora, talvez o fizesse por um motivo distinto: a fase de crescimento e desenvolvimento de uma criança. Hoje, porque as circunstâncias a isso me obrigam!
Os dias que antecederam aquele que estava há muito assinalado como sendo o de maior realização pessoal e profissional para a minha pessoa, revelaram interessantes características da personalidade de pessoas que pensava conhecer ao ínfimo pormenor, mas, o verdadeiro conhecimento é aquele que se renova e está em constante mutação.
Dada a data de lançamento do meu primeiro livro intitulado “Amor no Feminino”, a 06 de Abril de 2007, a minha inquietação e nervosismo encontraram também uma rampa de lançamento nos dias precedentes.
Sempre com um perfil altruísta e agindo em consonância com o mesmo, passava noites acordada naquele que deveria ser o meu leito de descanso e de revitalização energética. Não o era, no entanto, pela intempérie de vibrações que tudo em meu redor emanava. Cada vez que saía à rua e olhava o traço contínuo e descontínuo das estradas repletas de veículos indo em todas as direcções, pedia ao tempo que me levasse a viajar com ele e com o espaço e antecipava o dia D, como muitos conhecidos decidiram baptizá-lo. Todavia, mera comum mortal não tinha a previdência divina e deixei-me guiar pela mão do destino!
O júbilo no meu intrínseco era pertinente! As pessoas, essas, aquelas com quem julgava sempre poder contar, como que por magia abriam uma a uma a sua caixinha de surpresas! Eu estava no meio de uma ponte cercada por um enorme rio e, de cada um dos lados, tinha dois pólos opostos: o positivo e o negativo. O positivo era o reflexo de todos os quantos me apoiavam e continuaram a apoiar incondicionalmente, de certa forma, intensificando a minha força e encorajando-me a gerar no meu ventre este meu rebento, até que chegasse o momento do nascimento do meu primeiro bebé, como me habituei e, ainda hoje, me deleito a chamá-lo. Por outro lado, o negativo, era o reverso da medalha; pessoas que sempre tive como amigas lançavam olhares de soslaio, com reflexos de inveja e de interrogações, como que perguntando:
- Porquê ela? Porque vai lançar um livro? Será que merece chegar a esse porto? E se ela fica famosa?! Irá enriquecer e nós, que sempre a acompanhamos, ficaremos no esquecimento! (...)
Não gosto de julgar o meu próximo. Na actualidade faço como que uma introspecção, um julgamento do indivíduo, contudo, faço-o sempre para mim mesma sem divulgação a terceiros.
Começo quase que inconscientemente a criar um escudo protector à minha volta; nele, coloco todo o optimismo e energia positiva que consigo compactar em fracções de segundos. Imunidade precisa-se!
Espreitando curiosamente por entre a porta entreaberta que continua em fase de remodelação no dia de hoje, observo a distância abismal entre o que são os outros e o que gostaria que fossem... Moldá-los como o oleiro molda o barro?! Não, nem por sombras isso me ocorreu. Acreditá-los diferentes?! Sim. Porque a amizade e o companheirismo para que esta nos remete, induz-nos o dever de apoiar os nossos amigos nos bons e maus momentos. O apoio de que necessitava tive-o quanto bastasse. Por muito que a variedade de máscaras para aquisição seja infinita, o disfarce não assenta bem nos rostos; corpos e mentes mais elucidados.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Someone Special...

Linda

Lábios sedentos e gulosos
De um vermelho carnal
Extremamente sedutor,
Movimentam-se ora para cima,
Ora para baixo, de forma tal
Que agitam o clima,
E o frio se converte em calor!

Ao toque são seda
Embora pudessem ser algodão;
Paixão fervente, labareda...
Sensações que não têm definição!

A inércia invade
Cada parte do meu corpo
Com a abertura suave
Desses teus lábios,
Que de tão sábios
Me deixam num estado absorto!

É nesse eterno elo
Entre movimento e palavra
Que descubro o que é belo;
Puro e singelo...

És linda!
Ouço uma voz sonante.
És maravilhosa!
Anestesiada fico nesse instante.
És o meu amor!
Balança meu coração,
Cavalgante viajor
Que, no seu caminho,
Encontrou um cantinho:
Um paraíso liberto e distante!

terça-feira, 10 de julho de 2007

Para quê mais palavras?

As minhas palavras reflectem meus sentimentos sobrevoando soltos nesta melodia! Será que me consegues ouvir? Sim, se quiseres...

O reflexo dos meus sentidos



Pincéis à deriva

Perante esta tela branca
Caída bem perto de mim,
A minha imaginação se encanta
Percorrendo-a do princípio ao fim!

Longos vales,
Altas planícies,
Numerosas superfícies
À espera de quem as vá cultivar,
Num fresco e salutar livre pincelar...

É livre esse momento
Em que meus dedos,
Baús guardando segredos
Se desmistificam com sentimento...

Aí, nesse instante
Sou uma ave
Que entra de rompante
Como se não soubesse,
Mas sabe,
Que de uma tela
Nasce um valioso diamante!

segunda-feira, 9 de julho de 2007

A Deus


No crucifixo padeceu ,
Banhado no sangue judeu
Do povo que o prendeu .

Sofredor até ao fim ,
Bebeu de um ódio ímpio .
Apesar de omnipresente ,
Judas não foi condescendente
E , assim , morreu o olímpio ,
O Deus omnipotente !

Os sacrifícios a que se submeteu
Ilustram a história sagrada
Da bíblia que alguém escreveu ,
E que ao mundo contou
Com a memória reavivada ,
Da pobreza que sempre o acompanhou ...

A sua riqueza ,
Era e ainda é
A força da irmandade !
Não é o poder de divindade
Que o mantém em pé ...
É a ressurreição que o manteve
Nas palhas da felicidade ,
E a injustiça que o deteve ,
Sentenciou-lhe a liberdade !

Sei que me ouves


Falo baixinho quase num sussurro, porque me banham as lágrimas o rosto e a alma; do meu intrínseco a necessidade de te escutar; de te sentir; mas, acima de tudo, de mais uma vez me deparar com um Ser tão grande que como confidente não me censura. A tristeza que afecta minha calma e me induz um forte sentimento de revolta por uma fase mais perturbadora da vida, é a mesma que eleva o meu espírito soltando-o das garras do corpo carnal, até aos confins do mundo e aí, nesse instante que se dura uma eternidade, encontro a imundície de injustiças; de guerras; de fome; de doenças (...) No Mundo, a revolta que é minha, provocada por um mau momento, é de outros seres mas, quase sempre de forma mais intensa porque os atinge um motivo de força maior!

A ti, meu Deus, meu confidente amigo, me dirijo, não para que intercedais por mim mas, para que ergueis a humanidade em vossos braços transportando-a para o reino de consolo que é vosso. Que a vossa voz possa ser mel na armagura que sentimos correr vezes sem conta em nossas gargantas!

Obrigada por seres quem és! Obrigada por não olhares para o teu próprio umbigo; por inundares o meu rosto de lágrias porque, é nesse momento, que encontro o mar e a minh'alma consegue apaziguar!

domingo, 8 de julho de 2007

Uma flor tornada mulher!

Zígnia

O meu coração dispara
Lado a lado
Com o tempo que pára
Enternecido, admirado.

O auge do seu espanto
Mora mesmo ali a um canto
Onde nasceu a beleza
De uma nobre cheia de riqueza.

É ela,
É bela
Como uma zígnia
Que todos desejam possuir...
Deixa zéfiro, deixa-te ir,
Braço dado com a insígnia
Da menina que a todos faz sorrir!


E se ao cimo da montanha
Deres meia volta
Voltando para trás,
Faz com que eu fique envolta
Por essa flor tamanha
Que imensamente me satisfaz.

Porto Pride 2007 All Night Long










A noite despiu-se de preconceitos na Invicta e, no Teatro Sá da Bandeira, a liberdade de expressão teve "free pass": lésbicas; gays; bi; transgéneros e simpatizantes reuniram-se e foram eles próprios... O som; as batidas; o fumo; as luzes; o dj, etc... foram os anfitriões desta enorme festa, na qual, estar parado é proibído!




Palavras para quê?! Deixar-vos-ei algumas imagens:

2ª Marcha LGBT na Cidade do Porto


Ontem, na cidade do Porto, pelas 15h30 decorreu a concentração de lésbicas; gays; bis e transgéneros na Praça da República. Aí se concentraram algumas associações e todo um grupo de pessoas, disposto a dar voz ao epíteto: "Queremos igualdade, exigimos oportunidades". Desfilaram unidos por uma causa e espalharam em unissono o seu direito à liberdade de opção sexual pelas ruas da cidade, terminando o desfile na Avenida dos Aliados, onde se procedeu à leitura do manifesto 2007 - Igualdade de Direitos Aqui e Agora.


Fica o meu desejo e, de outros tantos como eu, para que no próximo ano, o número de participantes aumente; porque a união faz a força!


UNIDOS SAÍMOS À RUA

CONTRA A DISCRIMINAÇÃO:

A MINHA VOZ É A TUA;

A MINHA, É A TUA MÃO!

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Um ninho de amor



Lábios rosáceos

Fragrância a mar salgado
Por entre um negro arvoredo;
Corrente de rio agitado
Que se esconde atrás do rochedo...

Espectro de ninfa secreta
Eis que me auto descrevo:
Solta, vagueia de forma discreta
Nesse cantinho de arvoredo...
Sossegará com um raro trevo?!
Quererá penetrar a gruta secreta?!

Sustem a respiração
Ante aquele negro novelo;
Do odor extrai a excitação,
Vai devastando pêlo a pêlo.

Abre-se essa cortina,

(Dois lábios se separam)
Escorre humidade na colina!
Cinco sentidos se declaram!

Na garganta a sede
De provar esse líquido que escorre;
Minha língua quente corre,
Passeia canto a canto a parede,
Faz com que mais líquido jorre!

Tilintando sem cessar
Saboreio o prazer sexual
Desse clitóris carnudo sem igual;
Tua boca geme:
“Vem, não pares de me tocar!”

Meu fôlego oscila
Com o mover da minha língua sedenta;
Teu clitóris aumenta e desfila
Enquanto minha boca observa atenta!

Excitada, teu gemido
Me faz gemer de prazer!
Ah, sugo esse rio embebido
Na tesão que me faz enlouquecer!

Retiro minha boca saciada,
Volto-me e fecho a cortina.
A menina pede para ser beijada
Pelos lábios que cumprimentaram sua vagina.

Línguas entrelaçadas
Debaixo de um suor fervente;
Mulheres despidas mas trajadas...
Na floresta tudo flui normalmente!

quinta-feira, 5 de julho de 2007

O meu hino

Hoje eu não sou a mulher que pensava ser: cresci; aprendi com os meus erros e com os dos outros; outrora... a mentira! O fingir ser um alguém que agradava a todos: respondendo que sim, quando na realidade pensava que não; trajando uma veste de cerimónia apropriada a cada local; lutando para acreditar que o Ser Humano nada faz para prejudicar o seu semelhante (...)
Ouve este meu hino! Com ele perceberás que eu não sou mais a rapariga louca que costumava ser, tudo fazendo para agradar... Sou a mulher que não tem medo de lutar pelo que quer e fá-lo-ei do meu jeito: sozinha, pisando solo firme e, se a dada altura quizer, perderei o control sobre mim mesma... não importa se estarei certa ou errada! Apenas... estarei EU!

Eu tenho um sonho
Desde que me conheço,
Lutarei com um rosto enfadonho
Se o destino duvidar de que o mereço!

A minha mão moldará
Cada palavra que eu escrever
E, o sentido que lhe dará,
Ao Mundo eu dou a conhecer!

Tentarei sozinha na companhia
Dos sentimentos que me assistem!
Sobreviverei! Meus medos já não existem!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Sem explicação

Leva-as o vento


Ai palavras , palavras
Mansas ou bravas
Consoante o sentido
Que se lhes dá ...
De cá para lá ,
De lá para cá ,
Quando dá-mos conta
Já as não há !

Se outrora
A palavra tinha significado ,
Nos dias que correm , no agora ,
Já ninguém a parece ter utilizado !

Sim , porque quem ,
Diz-me meu Deus ,
Quem cumpre o que promete ?!
Queria conhecer alguém
Que não só conheça o adeus ,
Mas que também
Conheça o que sente ...

Sentir não é só falar ,
Usar a palavra ;
É saber honrar
Um compromisso ,
Ser um Ser submisso
Como uma escrava
Que luta para acreditar
Naquela palavra
Que ouviu um dia soletrar :
A – M – A – R ,
O sentimento mais difícil de ilustrar !

terça-feira, 3 de julho de 2007

Uma música, uma história:

O AMOR NÃO TEM SEXO, RAÇA OU IDADE...
É UM SENTIMENTO QUE NOS ABSORVE TOTALMENTE,
É UMA VIAGEM À ETERNIDADE;
ELE É, SIMPLESMENTE...
UMA VIAGEM CONSTANTE RUMO À FELICIDADE!
AMAR É
NÃO SABER
O QUE É AMAR;
É ENLOUQUECER
POR NÃO ESQUECER,
ALGUÉM QUE NOSSO CAMINHO
ACABOU DE CRUZAR!

SEJAM FELIZES, SENDO QUEM SÃO!!!

Diálogo com um (des)conhecido!?




- Quem está aqui ?!
- Aqui , acolá ou além está sempre alguém … mas saber quem , terá assim tanta importância ?
Não que também eu não me questione sobre quem está por detrás do mundo , do universo , de cada fragmento que nos povoa . Mas , deixo que se apresente perante um cenário , seja ele bom ou mau , esteja ou não bem enquadrado .
Às vezes dou por mim a pensar , divagando no solo , andando pé ante pé para não cair estatelada , tal a confusão que como um turbilhão me varre o cérebro . Chego a perguntar se existo ou se só os outros acreditam nisso … eu pareço ser o cepticismo em pessoa e só um grande abanão sacudiria tamanha incerteza , insegurança … Ai ! Dói-me respirar só de pensar no que sou !
Neste momento , acabei de me precipitar (ou talvez não) , já não sei o que digo ou faço , somente sinto que …
- Olá ! Sentes que vais acordar para a vida , não é ?
Truz , truz , truz … bateram-me com a cabeça no cume de uma bela montanha , que bela que é !
- Psiu …
Aquela pergunta ainda ecoa no ar , mas … como não respondi a voz continua a atormentar-me :
- Tudo tem uma resposta , estou à espera !
- Estou exausta e não tenho por hábito falar com estranhos , muito menos seres invisíveis que entranham em cada fragmento de consciência para nos levar à razão . Porque hei-de eu mudar uma personalidade que foi moldada assim ?
- Exactamente por isso vais ter que me ouvir ! Talvez não seja tão invisível quanto penses . Repara em cada gesto que teu corpo e teu coração faz , eu estou lá . É mentira ?
Agora sim , a verdadeira confusão … o orgulho a cegar-me e a pedir-me para não lhe dar razão . Mas eu não me alimento de orgulho , prefiro alimentar-me da verdade e da sinceridade . Por isso , decidi render-me :
- Não , é a mais pura verdade . Não sei quem és , é certo e sinto que te conheço e que me conheces há tanto tempo que já dispensamos apresentações . Estarei a endoidecer ?
- Não , estás mais lúcida do que nunca e sei que sabes quem sou , por isso te queria tanto ouvir ; para fazer com que percebas que antes de eu ser tudo o que possas imaginar , sou o teu guia , o teu ombro amigo . Aceita-me ! Ouve a minha voz mesmo quando não me sentes por perto e não te envergonhes de dizer à multidão que tens um amigo que nunca viste . Acredita e ver-me-ás sempre que quiseres .
- Agora , limpa essas lágrimas que te percorrem o rosto !
- Mas … como assim ? Eu não estive , nem estou a chorar !!!

Já o dia se despedia de mim e o sol se recolhia para os seus aposentos , e eu ali , naquele pedaço de terra , de solo árido … mas , um dia daria um belo pomar . Sorri , que brisa me envolvia naquele momento …

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Saborear o sabor do teu beijo



Do teu beijo quis o sabor ...
O sabor da felicidade ;
Do teu peito quis o amor ,

Que irá levar-me à eternidade .


A eternidade é a beleza
Que o teu corpo deixa transparecer ,
Eu a cavaleira e tu a princesa
Com um longo caminho a percorrer .


Os obstáculos aparecem
Sem que saibamos a hora ou o lugar ,
Mas as flores que florescem
Nos dão coragem para lutar .


Cada pétala de uma flor
Tem algo a revelar ;
Eu te revelo o meu amor
E minha vontade de te beijar .


A minha boca se cola na tua ,
Meu corpo se estende para te receber ;
Tal como o sol aquece a lua ...
Também eu te quero aquecer .

domingo, 1 de julho de 2007

Um pensamento que pode reger uma atitude!


Não devemos ser escravos de um padrão, de uma época, de um costume. Aprendendo a pensar por nós mesmos, experimentamos a liberdade.
(Luiz Márcio M. Martins)