terça-feira, 10 de julho de 2007

O reflexo dos meus sentidos



Pincéis à deriva

Perante esta tela branca
Caída bem perto de mim,
A minha imaginação se encanta
Percorrendo-a do princípio ao fim!

Longos vales,
Altas planícies,
Numerosas superfícies
À espera de quem as vá cultivar,
Num fresco e salutar livre pincelar...

É livre esse momento
Em que meus dedos,
Baús guardando segredos
Se desmistificam com sentimento...

Aí, nesse instante
Sou uma ave
Que entra de rompante
Como se não soubesse,
Mas sabe,
Que de uma tela
Nasce um valioso diamante!

1 comentário:

Anónimo disse...

Hum...Muito interessante!
Mais do que os pincéis, deixamos à deriva outros ingredientes importantes: a imaginação e a capacidade de vestirmos essa tela branca, dando-lhe vida, cor e forma.
Da tela branca, nua e triste, eis que a nossa beleza se reflecte ali mesmo... espelho da nossa alma. Essa ave nao é mais que o teu tão desejado voo. Um voo que nasce rasteiro, disforme e sem cor... mas que, aos poucos e poucos, com a tua ajuda, o mais bonito dos diamantes, ganha vida, cor e textura.
Na tela podes confiar os teus desejos mais intímos... as tuas sensações e interpretações da realidade.
Misturas de cor que, com a ajuda dessa mão culta e artistica, ilustará as tuas ideias, sentidos, escolhas e necessidades.
Cada tela nao é mais do que um pedaço de nós mesmas. Daquilo que somos e daquilo que queremos. Ela reflectirá e fará perpetuar o teu brilho, meu diamante puro.

Eu.............sempre!