quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A magia de um ser vivo...


Apesar do frio que me percorre as entranhas, não deixo de me ajoelhar perante as maravilhas da mãe Natureza. Olho a água límpida; o borbulhar do oxigénio, fonte de respiração de todo o ser vivo; observo a nitidez das cores com que me brinda um esplendoroso mundo aquático, o meu tesouro alegre, vivaz e colorido.

De quatro paredes em vidro nasceu uma caixa rectangular, que bem apetrechada se transformou no meu aquário. É aqui que começa o meu mergulho por águas doces frias! Dos seus habitantes conheço as características; as manhas e artimanhas; as brincadeiras que tantas vezes me fazem rir (...) Ah! Sei a sua espécie individual, pois cada peixe tem uma "raça" como comummente designamos.

Porque estes senhores do reino das águas fazem parte do meu quotidiano e do auge da minha paz de espírito, decidi apresentá-los formalmente. São onze na totalidade e os seus nomes são: Zen; Estrela Cadente; Minguante; Paleta de Cores; Sol; Lua; Raio; Style; Glamour; Anjo e Ying Yang.

A tranquilidade com que nadam e se movimentam entre si, faz-me estabelecer um paralelismo entre o seu comportamento e o do Ser Humano, afinal, também nós "nadamos por entre espinhos", mas seremos capazes de interagir com o nosso próximo em movimentos delineados pela concórdia e pela paz?!

Vejam este pedaço de espelho (fotografia) que trago em mãos! Explorem todos os vossos sentidos; receios e lembrem-se, a razão da nossa existência é o aprender a viver.

domingo, 30 de novembro de 2008

Bela adormecida

Adormeceu num leito desconhecido
Ante um tropel de emoções
Que ainda não consegue descrever.
Nessa noite, foi como se o Mundo
Tivesse enlouquecido
Esquecendo a condição de todo o Ser.
Paisagem de desalento
A que se afigurou antes de cerrar o seu olhar:
Um calafrio percorreu o seu corpo;
Os seus sentidos ficaram entorpecidos;
As suas palavras, essas, não foram comedidas,
Mas elevaram uma voz há muito calada...
Aí surgiu o caos!?
A multidão aplaudiu em uníssono
Aquela que viria a ser a última aparição
Da poesia em seu livre arbítrio.
Noite gelada por palavras que não esqueço;
Julgamentos que não mereço
E que não mais esquecerei.
O acto livre de me expressar
Foi tão somente o que usei,
Deverá ser caracterizado
Como uma arma carregada
Que, indignada, disparei?
Não! A menos que a deturpação
Da realidade seja um argumento.
Não regresso ao passado.
Vivo o presente.
Sonho um futuro, diferente.
Mas ela, a musa dos meus sentidos,
Rendeu-se ao cansaço.
Refugiou-se num tempo mitológico,
Em que o reino da sabedoria
Estava mais perto de evoluir.
Hoje, ela é a bela adormecida,
Que despertará num momento indeterminado.
O corpo da minha poesia está ferido, minado
Por um exército de hipocrisia.
Aguarda o beijo sereno
De um mágico chamado tempo,
Pois só então saberá

Que chegara de novo o seu momento.

domingo, 16 de novembro de 2008

Escrita e Interpretação


Sócrates: Você sabe, Fedro, esta é a singularidade do escrever, que o torna verdadeiramente análogo ao pintar. As obras de um pintor mostram-se a nós como se estivessem vivas; mas, se as questionamos, elas mantêm o mais altivo silêncio. O mesmo se dá com as palavras escritas: parecem falar conosco como se fossem inteligentes, mas, se lhes perguntamos qualquer coisa com respeito ao que dizem, por desejarmos ser instruídos, elas continuam para sempre a nos dizer exactamente a mesma coisa. E, uma vez que algo foi escrito, a composição, seja qual for, espalha-se por toda a parte, caindo em mãos não só dos que a compreendem mas também dos que não têm relação alguma com ela; não sabe como se dirigir às pessoas certas e não se dirigir às erradas. E, quando é maltratada ou injustamente ultrajada, precisa sempre que o seu pai lhe venha em socorro, sendo incapaz de se defender ou de cuidar de si própria.

Platão, in 'Fedro'

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Juventude em alvoroço

De artista a louca

Ainda hoje dou por mim parada no tempo relembrando passagens caricatas da minha vida estudantil. É extraordinária a forma como podemos retornar ao passado à velocidade da luz!
Numa altura em que o meu bilhete de identidade me situava cronologicamente nos dezasseis anos de idade, a minha mãe decidiu situar-me no tempo e no espaço... E, o facto é que a elaboração do enorme questionário que fez para ser minuciosamente respondido por mim, surtiu o efeito desejado; tal como toda a gente, o que ela pretendia era compreender o porquê de eu ter enveredado pela vida artística. Não nego que na altura me tenha engasgado um pouco a fazer esta “prova oral”, mas o resultado foi positivo ou pelo menos suficiente.
A principal ideia que o seu poder maternal tentava descodificar era a mais generalizada naquele tempo e não deixa de o ser nos dias que correm: a ideia da excentricidade de um artista irreverente, sempre associada à patologia de uma loucura cuja cura nenhum indivíduo sequer se atreveu a discutir.
Por muito que me tentasse abstrair desse rótulo de louca, o fervor e a ânsia de criar mais e com mais originalidade levava-me a flutuar nas nuvens... Um dia pela manhã, ao dirigir-me para o colégio achei que talvez devesse confrontar os meus colegas de turma com essa ideia que me tinham impregnado no sangue e que, por vezes, me alterava o fluxo sanguíneo. Abordei-os directamente, sem muitos rodeios e, qual não foi o meu espanto, quando se riram da minha indignação por ter sido rotulada dessa forma! Afinal, num ponto os meus pais tinham razão: eu andava mesmo abstraída da realidade! Se assim não fosse, ter-me-ia apercebido que toda a turma da área de artes do colégio, era apelidada de turma dos loucos. Depois do primeiro impacto denotei que o meu sangue circulava mais fluentemente e eu inspirava e expirava mais profundamente, num dialecto de quem mesmo indignada se sente aliviada.
Os momentos que se seguiram foram de risos e brincadeiras de jovens excêntricos que, uma vez obtida a fama, daí tirariam o devido proveito. Ao suar da campainha, a azáfama total: atropelos pelos corredores imensos parecendo não ter fim nessa hora; piropos atirados para o ar na esperança de que algum “louco” o agarrasse e demonstrasse a sua fúria de forma jocosa, etc.
Com o evoluir do ano lectivo, surgiu a necessidade peremptória de adaptação de cada um de nós à abordagem de temáticas que exigiam mais estudo e investigação. É neste preciso momento que revejo os meus ideais de vida; as vivências que nunca esquecerei porque serão eternamente uma fonte de sabedoria; olho com olhos de ver o futuro e defino metas a cortar, independentemente da forma como o tenha de fazer! Sobretudo, parei por instantes e, absorvida pelo eco do rótulo de “louca” nos meus ouvidos, decidi viajar até aos nossos artistas antepassados por forma a descobrir qual a origem e validade/ autenticidade do mesmo.
Disposta a viajar no tempo com toda a determinação, fui até à biblioteca mais próxima e devorei livros que continham biografias de grandes homens e mulheres da antiguidade, das mais diversas áreas. Fiquei estupefacta! As palavras: loucura e excentricidade, eram uma dominante naquilo que servia de documento de identificação de cada um desses indivíduos. Motivo?! Talvez um único: a forma de estar, de viver a vida de forma intensa como se de um último dia se tratasse e, o mais importante, o modo sui generis de agir e criar sem medo de represálias.
Suspirei de alívio, confesso! Afinal, a realidade dos factos provinha dos tempos mais remotos e eu, súbdita escrava do tempo laborava nessa mesma labuta.
Desde então, adoptei essa loucura como um traje de cerimónia do qual me envaideço, pois cada recorte de tecido constitui uma motivação para enfrentar o mundo!
Não o faço de uma forma superficial, mas penetro nas suas entranhas e moldo-o com a minha sensibilidade.
É o meu mundo! Cada indivíduo tem o seu. Porquê cercá-lo de preconceitos e estereótipos se cada qual é cada qual e a vida é para ser vivida e sentida como uma maré alta em dias de vendaval?!

domingo, 26 de outubro de 2008

Apresentação do livro "Um Sentir Partilhado"


Após um período de evasão da essência da minh'alma poética, eis que ressurge a sátira social na sua plenitude.

É já no dia 5 de Novembro, pelas 21h30m, na FNAC do GAIA SHOPPING, que decorrerá a próxima apresentação do meu livro "Um Sentir Partilhado". Contarei com a colaboração do escritor Danyel Guerra para apresentar o mesmo.

Conto, sobretudo, com a sua presença. Até breve!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O meu (nosso) sonhar será eterno!?



Oásis

Fui a arquitecta
De mil projectos que sonhei;
Enorme linha recta
No meu destino eu tracei...
Tudo para o criar
Eu bem sei:
Um imenso harém
Sem soberania,
Sem um sultão;
Nele, apenas haveria
Lindas odaliscas
Distintas da povoação!
E, caído como uma nuvem
De um suave algodão,
Desce diante do portão
E de suas imponentes paredes
Um oásis reflectindo
A frescura dos suaves verdes
Ao meu redor,
Se abanando e sacudindo
Como para compor uma canção...
Mesmo desconhecendo o seu autor,
A ele elevo o meu louvor,
Nobre herói compositor
Que ergue a bandeira,
Anunciando a vitória derradeira
Do verdadeiro sonhador!

domingo, 19 de outubro de 2008

Os trilhos da vida

Qualquer um pode carregar o seu fardo, embora pesado, até anoitecer. Qualquer um pode fazer seu trabalho, embora árduo, por um dia. Qualquer um pode viver mansamente, pacientemente, amistosamente, até que o Sol se ponha. E isso é o que realmente a vida requer.

Stevenson, escritor britânico

domingo, 12 de outubro de 2008

Quando a noite não se vai embora...

Assusta-me a noite e os seus contornos sombrios! Hoje amanheci com um estado de espírito sereno, mas com o rodar dos ponteiros do relógio, caí redonda no chão. O dia tinha sem dúvida chegado, já as suas cores, essas, pareciam ter-se perdido no tempo... Estarei eu também perdida?! É que hoje não me conheço: entreguei-me à preguiça; semicerrei os olhos um monte de vezes; passei longos momentos de isolamento, na necessidade de entender o porquê deste medo de enfrentar as cores na escuridão.
Sou cavaleira andante, há já muito tempo. Se me perdi algures, voltar-me-ei a encontrar, por agora, somente necessito de um regaço onde o meu cansaço possa repousar.
Que a noite chegue com alguma cor, porque sem luz não sei viver e preciso saber onde ela me conduz! Preciso perder o medo de ter medo...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

No auge do estado Zen...

Por mais longa que seja a caminhada o mais importante é dar o primeiro passo.

Vinícius de Moraes

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Contemplando a beleza...

Árvores de um verde seco
se rendem à chegada do Outono.
Despem-se os seus ramos;
esvoaçam livres as folhas
que lhes serviam de cobertor;
corre a brisa, transformando o cenário...
No seio da Natureza se espelha assim um calendário
de transformações inactas.
Aquilo que nasceu, sempre permanecerá
numa era, em outras tantas...
Partes integrantes de uma quimera
quando saboreadas com prazer.
Loção eterna da beleza de viver!

domingo, 21 de setembro de 2008

Ave que voa...


Estará seu destino predeterminado?!


Estâncias de uma vida em que a labuta é parte integrante do dia, é este o destino que me acompanha neste instante, quiçá esteja assim determinado bem antes de eu me poder aperceber!? Não me posso queixar, é um facto. Afinal de contas, a arte encontrou também neste patamar uma forma de enveredar pelos meus caminhos.

Já no que respeita à minha envergadura de poetisa, à minha entrega plena de sentidos à escrita, deverei dizer, caro leitor, que estou em falta para consigo. A ausência de uma presença outrora constante, faz-me sonhar bem alto e, é nesse planalto que me encontro a flutuar, que as minhas asas se soltam e voam, voam alto, mas muito em breve irão pousar.

O tempo dos Tempos é um carrocel colorido, constantemente em oscilação. Desta forma, sou também eu um peão algo entorpecido, em breve regressarei à viagem que iniciei como ser destemido, e que me fez erguer os olhos do chão.

Do meu regresso, apenas antevejo o amanhecer: as gotas de orvalho que me purificam e despertam os sentidos; o chilrear dos pássaros; as árvores que acordam abanando os seus tenros ramos (...); tudo o que daí advier será por acréscimo, mas adormecerei na plenitude da realização de um desejo - a partilha do meu sentir!

domingo, 14 de setembro de 2008

Uma gota de audácia, num oceano de incertezas...

Por que nos contentamos com viver rastejando, quando sentimos o desejo de voar?

Hellen Keller

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Faço minhas as suas palavras...

Um escritor, um pintor, que conseguiram fixar numa página ou num quadro um sentimento das coisas do mundo, uma visão que durará para sempre, comunicam-me uma emoção profunda.

Federico Fellini

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Fonte de Vida



Parte de mim
Ficou para trás
Em dias chuvosos perdidos...
Hoje, o dia tem mais cor;
Renasci numa flor de jardim
Com um aroma que desperta os sentidos
Ao som do barulho que a brisa faz,
E que nos deixa aturdidos!

São vidas as suas pétalas;
Botão activo no presente;
Pólen adocicado como mel;
Caule que se ergue fortemente.

Na plena harmonia
Que absorvo em abundância,
Faço a degustação da alegria
Do que é sonhar, acreditar e conseguir,
Após um longo desfiladeiro de inconstância.

O meu viver, é agora o meu sorrir!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Um entra e sai descomunal...


Portas que se fecham, enquanto outras se abrem!

Mãos postas na algibeira
Em busca de um qualquer metal.
Das moedas, o chocalhar não ouço;
O silêncio é assim o meu rival.

Quão importante é nesta vida
Corpórea, terrena e universal,
Este sujeito chamado dinheiro?
É mais um ingrediente para um surto material.

Realidade é pois
Que a sua ausência
É por todos reclamada.
Compra e venda, ciclo vicioso
Da sobrevivência!
Pântano de uma humanidade
Submersa, que a pouco e pouco
Se vê mais enterrada.

Desnuda-me este vazio
Com um certo grau de preenchimento!
A pobreza que eu lamento,
É também a que eleva
A riqueza a um patamar superior.

Planalto verde e florido,
Campo vasto e estendido
Ao longo do caminho
Para a evolução espiritual.

Desprovida de matéria,
De ouro é a existência
Cujo batel me conduz na invisibilidade...

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A Esperança também rejuvenesce!

Até que o sol brilhe, acendamos uma vela na escuridão.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

A eleita do meu jardim:

Rosa perfumada

A rosa perfumada
Dona da mais doce juventude
É a semente germinada,
O florescer da inquietude.

Pedúnculo esbelto
Nesse corpo de flor,
És pecado a descoberto
Em busca de um salvador.


O aroma que emana
É quente e provocador,
Pois em seu seio
Mora o Homem que engana
E atraiçoa, sem qualquer pudor.

domingo, 17 de agosto de 2008

Entrevista ao Jornal Terras da Feira



Cultura Lúcia Valente, de S. João de Ver, edita segundo livro


“Um voo pelo mundo dos coloridos pomares da poesia”


"Inspirei-me no estado de decadência do País, sob os pontos de vista económico, social e político".


"O meu sangue é de tinta permanente, cada vez mais diluída, resta-me deixá-la escorrer para o papel e moldá-la com a ponta dos dedos".

Depois de “Amor no feminino” surge “Um sentir partilhado”. Lúcia Valente, natural de S. João de Ver, a residir no Porto, já lançou a sua segunda obra literária. Um livro que, explica, nasce da “necessidade de patentear o comodismo inquebrantável de um povo”. Uma viagem literária escrita a pensar no cidadão português. A autora tinha 16 anos quando a poesia “se transformou num ritual quase diário”.


Leia a entrevista na edição impressa do "Terras da Feira"

Mais informação: http://www.terrasdafeira.pt/

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

A criança de outrora:

O despertar da sensibilidade
Vezes sem conta o vulgo se questiona sobre a vida dos artistas em geral: no seio de que família nasceram; de que forma viram na arte o seu ideal de criação de um dia a dia diferente e, sobretudo, o porquê de preferir um sobreviver através da arte ao invés de viver comummente debruçando-se sob uma outra área que permiti-se por si só um estilo de vida mais facilitado em diversos campos.
Negaria toda a minha existência até aos dias de hoje, se eu própria não reconhecesse que todas essas interrogações já percorreram o meu interior.
Tal como toda e qualquer criança fui gerada no ventre de uma mãe; nasci na altura devida e brincava, pulava e saltava (...), momentos de infância nos quais não reside sequer um ínfimo espaço para termos um momento, ainda que fugaz, que nos remeta àquilo que mais tarde serão as nossas preocupações. Mas ainda bem que assim é.
Cada momento tem o seu momento próprio!
De nada serve tentar olhar os ponteiros do relógio e com os nossos dedos dedilhá-los, ora para um lado, ora para o outro na esperança de que o tempo pare ou avance, simplesmente porque é uma vontade nossa. Pois o tempo tem o seu próprio correr e, tal como um rio percorre um trilho constante, também ele tem um rumo certo e constante. Os ponteiros de um relógio giram todos no mesmo sentido; o tempo é universal!
Como criança irrequieta e teimosa que fui, criava e construía profissões imaginárias e, no momento seguinte, lá estava eu sentada diante do meu consultório a atender os meus pacientes; pagava naquelas pequenas meninas a que chamamos bonecas e costurava eu própria as suas roupas; diante de uma mesa dispunha inúmeros lápis coloridos e canetas e aí sim, deixava o meu imaginário flutuar num céu ainda em aberto...
Nessa altura talvez os lápis fossem somente um instrumento didáctico ou até mesmo um simples brinquedo. Contudo, ano após ano, os lápis e as canetas eram cada vez mais frequentemente procurados e agarrados pelas minhas pequenas mãos!
A Lúcia, essa menina pequenina que eu era fazia desenhos muito estranhos (a idade não ajudava muito) e escrevia cartas a amigos distantes, tão distantes que nem endereço postal possuíam! Mas fazia-o cada vez com mais frequência!
A entrada na escola foi um marco muito importante na definição dos meus ideais como aliás o deve ser actualmente para qualquer outra criança.
Foi nesse preciso momento que eu comecei a conhecer-me melhor; a perceber os desenhos que fazia e até mesmo a descobrir o endereço daqueles a quem dirigia as minhas cartas.
Vivia um dia após o outro evidentemente, mas começava a surgir uma necessidade cada vez mais forte de comunicar de forma clara e concisa. Claro está que dada a idade que tinha, todos aqueles que me rodeavam achavam que eu pensava em demasia, que deveria limitar-me às brincadeiras adequadas às meninas da minha faixa etária. E brincava, mas sentia um vácuo no meu intrínseco; a vontade intensa de procurar e descobrir o verdadeiro conhecimento: o porquê de tudo e de mais alguma coisa. Assim comecei a busca do auto-conhecimento e sentia-me mais preenchida!

A essência da sensibilidade brotava do meu interior e os meus sentidos assemelhavam-se a uma bússola, tacteavam cada pedaço de solo e quando não o pisavam de forma firme e constante, procuravam a direcção correcta para avançar!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Pinceladas de um acizentado indefinido?!


O céu é hoje o reflexo de múltiplas pinceladas bastante indefinidas. Num minuto se deixa percorrer por um pincel munido de um cinzento escuro, para no minuto seguinte deixar que outro pincel o percorra, alterando assim a sua textura e dando-lhe um aspecto de pintura de principiante. Não deixa de ser belo, nem tão pouco de ser objecto de adolação, apenas me transmite o seu ar taciturno, e é assim que me perco a vaguear pelas ruas.

Na algibeira, um frasco de tinta azul celeste para o pintar de novo parece tranquilizar-me. Todavia, não me posso esquecer que todo o Ser tem várias expressões faciais e nem todas são subitamente perecíveis de alteração. Este rosto que hoje mascára o céu é o reflexo de múltiplas influências, por isso o olho sem parar na esperança de as conseguir desmistificar... Sem bússola, absorvo os inatos odores e sabores da natureza. São estas as coordenadas que me apraz revelar, a todo o viajante amador que nesta incursão se queira iniciar!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

A essência do feminino no seio da própria Natureza.

" Há um murmúrio de águas frescas, através dos ramos das macieiras, as rosas ensombram todo o solo, e das folhas trémulas escorre o sonho."

Safo de Lesbos

domingo, 27 de julho de 2008

A realidade do amor!?


"Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...

Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...

E ter paciência para que a vida faça o resto..."


William Shakespeare

terça-feira, 22 de julho de 2008

Em mim...

Reflexo de um cansaço que tento atenuar, este que de mão dada me leva ao longo de cada dia. Ausento-me, assim mesmo. E é neste viajar pelas terras da imaginação que me reencontro, de novo escrevo a minha história. Assim foi, é, e sempre será, porque parar, é simplesmente deixar de respirar!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O bater de um...


Coração (in)quieto, o meu!

Estranho-te!
O teu corpo é
A meus olhos
Uma névoa esfumada
Que o tempo evaporou.
Sinto-te,
Mas és forma incógnita
Num traçado que não se completou.
E aquele desejo
Da minha boa faminta,
Fez-se pó no deserto...
Tenho fome e sede,
Por isso, continuo a caminhar.
O banquete que me saciaria
Não estou certa de que existia.
Num passado (não muito distante)
Estava lúcida, com a mente clara
E o coração quente...
Revelação perfeita do que sentia!
Estranho-me!
Analiso o meu corpo;
A fonte de um desejo ardente
Que sempre me queimava.
A água extinguiu-o
Sob a forma das lágrimas que derramei.
Vivo de memórias enriquecidas,
Contemplo estrelas cadentes (esquecidas?),
Ou acordo e adormeço,
Sempre a pensar que fui eu que te sonhei?!

domingo, 13 de julho de 2008

Ida ao cinema

O sábado bateu à porta e com ele a vontade de fazer algo que realçasse o fim de semana.
Depois de uma tarde dividida entre séries televisivas e o folhear de alguns livros, chegava a hora do jantar. Cumpri à regra este "rito" (quase habitual para mim), mas a noite mostrava o seu brilho e decidi, devidamente acompanhada, visitar uma constelação algures no mundo da fantasia; da acção; da comédia; do romance (...) enfim, de um emaranhado de formas de expressão...
Fui passeando por entre as vitrines das lojas do Centro Comercial, até que vi as bilheteiras do cinema. Um aglomerado de pessoas, esperava ansiosamente a sua vez para comprar os bilhetes. Enquanto isso, eu discutia com os meus acompanhantes qual o tipo de filme que iriamos ver. Escolha difícil para mim, que há já algum tempo não me sentava defronte para a grande tela! Bom, o importante era aproveitar o momento... Escolhido o filme - Wanted (O Procurado) - entramos na fila para adquirir os bilhetes a preço de ouro! Tempo de espera...
A realidade aparece ao meu horizonte; sim, é um facto que há muito não visitava uma sala de cinema, mas quantos o queriam fazer e não podiam?! Porquê? Pelo simples, mas incompreensível facto de um só bilhete custar 5,20 Euros! Diga-se, encarando a realidade e a actualidade, que esta importância é suficiente para comer um prato do dia. Haverá uma comparação/ relação palpável? Evidentemente! Entre o supérfluo e uma necessidade vital, a 2ª é, sem sombra para dúvidas a primordial.
Entramos na sala que se enchia de gente de uma ponta à outra; momento que me deixou algo surpresa, contudo, era de esperar dado ser a estreia do filme. Era chegada a hora de cumprimentar o Morgan Freeman e a Angelina Jolie. Bom, talvez pretendesse questioná-los sobre o motivo pelo qual é cada vez mais dispendioso marcar um encontro com eles. Em vão o faria. Num enredo de suspense, acção e aventura, nem dariam pela minha presença. (Os sonhos ainda não se pagam... Risos) Mas eu, eu sim, desfrutei de cada um dos seus fantásticos movimentos, como se fosse em tempo real.
A generalidade das pessoas deve estar agora a perguntar-se:
- E o que temos nós com isso?
Ao que eu respondo:
- Com o passar de cada dia, de cada filme, estes encontros imediatos serão cada vez mais esporádicos. As bilheteiras irão cobrar mais e mais... Será esta a melhor política para incrementar a cultura? Será esta uma via para a extinção da pirataria?
Pergunta retórica... Voltas e mais voltas num país de burocracia a mais, e de atitudes a menos! Estaremos sempre no mesmo ponto de partida?!

terça-feira, 8 de julho de 2008

A noite dá sempre lugar ao dia...


"Jamais se desespere em meio às sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda."


Provérbio Chinês

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Poesia da minh'alma

Intensa vontade

Faz parte de mim a incerteza
Que está escrita em meu olhar.
A vontade de partir à descoberta
De um novo mar
É intensa e sentida,
Mas é tenebroso o receio
De não saber navegar.
Quem sou eu
Se não visto a pele
De um audaz marinheiro?
Serei incapaz de velejar
E atracar num qualquer porto?
Ondulação inconstante
À passagem do eco
Destas interrogações!
Deixo-me alimentar
Pelo seio deste mar;
Escuto o sussurrar do vento
Que me incentiva
A não parar de tentar...
A vida é uma lição de esgrima extenuante;
O V de vitória, é delineado pela força motriz
De um gesto,
De um olhar,
De um momento
Em que se expira e inspira perseverança!

domingo, 29 de junho de 2008

Tic Tac

É marcado pelo "tic tac" do relógio este momento que vivencio. Ouço assim o burburinho dos ponteiros, que embora emitindo o seu som característico, marcam sempre o mesmo compasso... um compasso de espera. E é neste impasse, em que não sobem nem descem, apenas subsistem, que dou por mim a divagar. Mente fugidía a minha, rodopia sem parar! Em raros momentos de abstracção inspiro e expiro suavemente, na esperança absorta de que renasça em mim uma vida nova; uma pequena grande recompensa pela sôfrega respiração que me acompanha sempre, pois estou já cansada de tanto lutar. Por fim, ergo um pouco a cabeça e, sentindo-me mais leve, peço apenas coragem e determinação para permanecer nesta luta diária. Apenas e só, porque acredito que nada acontece por acaso.

Assim foi;
assim o é;
assim sempre será...
Do hoje se constrói o alicerce
do tão desejado amanhã.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Espelho meu!



Jogo de xadrez

Por cada porta que se abre diante de mim,
Duas se fecham e me deixam encurralada!
Sou assim um peão à deriva
Num complexo jogo de xadrez,
Que me torna numa eterna amaldiçoada.
Grão de areia em mão alheia
Gira e volta a girar...
Vã vontade de sossegar!?
Tabuleiro a preto e branco,
Ah, aguda saudade da cor;
Dos verdes prados bravios
Onde corria como animal selvagem
Sem que minhas rédeas pudessem tomar.
Hoje, domada pela constância da derrota,
Sinto medo do meu estrondoso gritar,
Porque um qualquer dia
Numa qualquer hora,
Abrir-se-ão fendas no tabuleiro:
Peça a peça caindo num atoleiro;
Busto de uma vitória atingido
Por uma falsa partida...

Saio de cena
Deste palco da vida.
Parto sem destino nem hora,
Apenas vou embora.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Sempre assim foi...

"Acreditar em tudo é tolice, mas não acreditar em coisa alguma tolice é."

domingo, 15 de junho de 2008

Palavras doces como o mel...


O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.


Fernando Pessoa

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Talvez?!

Mais um dia numa vida repleta de altos e baixos. Vida minha, vida de tantas outras pessoas que se erguem pela manhã sem saber o que lhes reserva o decorrer do dia. Entendo assim o lema daqueles que vivem cada dia como se do último se tratasse.
É a par desta corrida de pensamentos, que surge o sonho de ascender a esse plano; de também eu viver o dia de hoje como se não houvesse amanhã. Alcanço-o em fugazer momentos, até que me acorda o desespero de tanto lutar para nada, por fim, alcançar!
Sei de cor os livros que escrevi; a essência que contém cada palavra; a força ideológica, que através de expressões de alento, tento incutir no comum cidadão e é assim, no conjunto dos meus versos e poemas, que demonstro a força que cada um de nós deve fazer (re)nascer no seu intrínseco.
Sinto o orgulho correr-me nas veias quando o leitor se revê naquilo que escrevo. Mas sinto mais ainda o desapontamento, por tentar agir com essa força motriz que proclamo aos quatro ventos, sem que o meu ego me obedeça! As lágrimas percorrem-me como um rio em busca de um afluente incerto, tão somente para desaguar. Sinto-me afogar na corrente das suas águas, pois eis-me aqui, incapaz de lutar contra a adversidade das barreiras erigidas no tempo de hoje.
Talvez agora eu deva olhar para o amanhã, acreditar que será um dia rejuvenescido! Talvez o destino do meu pensamento vá além de mim, do meu próprio controlo emocional! Talvez eu não seja a única a remar neste mar de incertezas! Talvez eu seja o olhar atento na penumbra de um rochedo, que tenho que derrubar!?

terça-feira, 3 de junho de 2008

Na partilha de um momento...


Há dias em que olho sem rumo aparente e deixo de pensar em mim. Deixo-me absorver totalmente pelo mundo em meu redor... vejo tudo e nada vejo. Quem me dera discernir este estado de ausência e presença tumultuoso! Mas receio tratar-se apenas de uma quimera, porque não está em minhas mãos moldar a vida dos que me são queridos. Talvez possa (deva) acrescentar alguns "pózinhos mágicos" para lhes dar mais força e coragem, contudo, até nesse instante me vejo submetida à minha condição de comum mortal.

Em Deus, esse Ser omnipresente e omnipotente está o código da humanidade. Não interessa a forma com que ele ganha vida para cada um de nós, pois é o reflexo puro das nossas alegrias, tristezas; certezas, incertezas; amores e desamores (...) de uma infinidade de sentimentos que nos invade o Ego dia após dia. Sinal de que estamos vivos, é este sentir nem sempre confortável!

Assim, peço que se acenda uma luz no fundo do túnel de todos quantos carecem dela! Que a chama do viver intensamente possa assim para sempre, ser reavivada!


domingo, 1 de junho de 2008

Dia Mundial da Criança

Tal como árvores que dão rebentos com o tempo, também o Ser Humano tem esse dom - o fazer nascer em si um pequeno fragmento, um jovem Ser Humano - esta é uma das dádivas divinas que Deus nos concede!
No dia de hoje a "pequenada" é a raínha da festa, de norte a sul do Mundo comemora-se o Dia Mundial da Criança, que é no fundo um louvor aos seus direitos e deveres (deveriam estes ser sempre perpetuados e respeitados, mas será que o são?!)
Não querendo anular o lado festivo deste dia, apenas desejo que a criança veja os seus direitos respeitados pela sociedade e saiba reconhecer os seus deveres para com ela.

Deixo aqui um repto reflexo da minha indignação, e simultâneamente da minha espera de mudança:


InOcÊnCiA fUrTaDa

Inocentes crianças
As que foram levadas,
Raptadas pelo mundo do crime
Que as maltrata e oprime.
Aí descobriram as suas semelhanças,
Uma vez que foram todas abusadas
Em nome do prazer
Daquele homem que quer reter
No seu ego
A insípida vontade de perverter,
Qualquer cabecinha desprotegida
Que não se possa defender!

Num envelope lacrado,
As assinaturas anónimas dos autores
Que foram chamados a depor
Pelo poder judicial.
Presentes a tribunal
Foi-lhes atribuída a coacção
De prisão preventiva,
Mas não é efectiva
Essa decisão.

Os media fazem a divulgação
Pormenorizada dos acontecimentos,
Procurando decifrar
Os servos do diabo,
Mas, ao fim e ao cabo
Há sempre nomes a acrescentar
Provenientes de vários cargos
Com a intenção de furtar
A pura inocência.
Dias amargos irão passar,
Implorando clemência
À justiça que os vai condenar
Ao ler sua sentença!

Os ponteiros do relógio
Estão em espera prolongada,
O que não é lógico
Tendo em conta uma criança apavorada
Que revive a acção premeditada
Inúmeras vezes, no seu inconsciente.

A justiça será competente
Quando fizer cumprir
O direito de agir
No menor tempo possível,
Para que seja reconhecível
A ordem de punir!

Na mente da inocência
Vê-se o mesmo filme com frequência:
A justiça é tardia
E espera-se o dia
Em que assumirá a sua competência.
em "Um Sentir Partilhado", Lúcia Valente

sábado, 31 de maio de 2008

terça-feira, 27 de maio de 2008

A voz do meu desejo...


Raio de sol em plena noite

é esse teu sorriso docil,

essa tua boca bonita

que sabe a mel.

Pecado carnal

tornado mulher!

Borboleta colorida

voando sem parar...

Só meus olhos

te conseguem vislumbrar!

De luz, toda a tua existência

me inunda, me pinta de todas as cores.

Sou a tua tela,

chama acesa sem vela,

acto de propagar calor

na voracidade deste grande amor!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Partilhando o meu sentir...

A noite cobria-se de estrelas que pareciam sorrir para mim. Apesar do escuro azul do céu nocturno, eu saí para a rua: era chegada a hora de eu vestir poesia, da noite vestir poesia...
Pedi um desejo singelo a uma estrela cadente que por ali passava: tão somente queria que o lançamento do meu livro "Um Sentir Partilhado", fosse um momento inesquecível para mim. E assim foi. Revivo-o com intensidade ao escrever estas palavras, lamento apenas a ausência de inúmeras pessoas que sempre me incentivaram e não compareceram. Mas mais importante foi a presença e o reconhecimento de outros tantos. A todos eles a minha gratidão!

No Café Lusitano, nasceu assim o rosto deste meu livro perante uma pequena grande multidão.

Agora, a gaivota tem as suas asas mais fortalecidas para voar rumo a um lugar cujo paradeiro é incerto... o importante é o seu ponto de partida, e esse é certo - o sentir!

terça-feira, 20 de maio de 2008

sábado, 17 de maio de 2008

Quando a amar se alimenta o prazer...


Vivo no auge da incerteza.
Dias que eu passo sentada
Olhando o brilho do sol,
Idolatrando a sua beleza.

Quisera eu idolatrar
Antes as ondas do mar;
Implorar-lhes que me molhassem
Com o frio da sua água.
Só assim, eu acalmaria o calor
Que me inflama as entranhas...
Invasão de um desejo
Contemplado, mas não saciado!
Chama ardente que não tem porto,
Não tem dono,
Perde-se na negação do teu amar.

Se o corpo que é teu
Me fosse ofertado
Como uma estrela
Brilhando no céu,
Eu pedir-lhe-ia um desejo:
O sabor ardente do teu beijo
Num encaixe perfeito
Com o que é meu.

Estrela cadente
Que desfilas à noite ao luar,
Dá à minha musa amada
As coordenadas para que ela se cole a mim,
E não me se volte a desprender!

A eternidade será o presente do destino
Que juntas iremos percorrer...
Caminhos traçados pelo amor,
Esse ingrediente que tempera a vida
E alimenta minh’alma sedenta
De tudo o que tens para oferecer.

Sei-te de cor,
Sei-te aqui, a meu lado!
O odor do teu corpo suado
Denuncia-te, fala-me ao ouvido.
Instante contemplativo
De infinito prazer...
Abraço inquebrantável
Impossível de romper.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

O mestre nas coisas do amor!

O INSECTO

Das tuas ancas aos teus pés
quero fazer uma longa viagem.

Sou mais pequeno que um insecto.
Percorro estas colinas,
são da cor da aveia,
têm trilhos estreitos
que só eu conheço,
centimetros queimados,
pálidas perspectivas.
Há aqui um monte.
Nunca dele sairei.
Oh que musgo gigante!
E uma cratera,
uma rosa de fogo humedecido!

Pelas tuas pernas desço
tecendo uma espiral
ou adormecendo na viagem
e alcanço os teus joelhos
duma dureza redonda
como os ásperos cumes
dum claro continente.

Para teus pés resvalo
para as oito aberturas
dos teus dedos agudos,
lentos, peninsulares,
e deles para o vazio
do lençol branco caio,
procurando cego
e faminto teu contorno
de vaso escaldante!

Por Pablo Neruda

quarta-feira, 7 de maio de 2008

E do azul do céu, nasceu uma rosa formosa


UM BOM DIA, REPLETO DE LUZ, PAZ E HARMONIA!

sábado, 3 de maio de 2008

Realidade em excelência...


A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida olhando-se para a frente.


Soren Kierkegaard

terça-feira, 29 de abril de 2008

Um dia que mudou a minha vida!

Data que não se esquece

esta, em que a felicidade

bateu à porta,

e eu a deixei a entrar.

A silhueta da sua beleza

(beleza tua, no teu Ser...)

hipnotizou-me, fez-me delirar;

caminho fugaz até ao enlouquecer!


Olhares que se encontraram

numa noite de Setembro,

ah! Como eu me lembro!


Lábios entrelaçados

junto a um mar salgado,

testemunha do calor do desejo

que nos percorreu as entranhas,

até ao culminar no auge de um beijo.


As minhas mãos tocaram

o veludo da tua pele,

e na teztura dessa suavidade,

bebi do teu doce mel...


O acto de amar

sobre um leito ardente,

aumentou o nosso enamorar,

tornou-se o nosso confidente.


Ainda hoje lhe confesso

o quanto te amo!

Meu amor: te quero;

te adoro; te amo...

Tudo de ti, eu reclamo!

sábado, 26 de abril de 2008

O único relógio que não pára!


O tempo do tempo

Não perco tempo
Com o tempo ,
Porque o tempo
É um foragido ;
Outrora , morava no esquecimento ,
Agora , já está esquecido !

O tempo foge
Por entre os dedos
Numa fracção de segundo ,
Consigo , leva todos os medos
De um pobre moribundo .

Que tenha paciência
Esse mísero sonhador ,
Ao contar as vezes
Em que o tempo consegue passar
Sem deixar cair ,
Uma só peça das que veio carregar .

Quanto tempo tem o tempo ?
- pergunto ao tempo ,
sem obter resposta .
Ganha-se tempo ,
Perde-se tempo ,
Como se ganha ou perde
Uma aposta ...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Celebremos o Dia Mundial do Livro!



A vida nada mais é do que uma constante aquisição de conhecimento. Como uma escada que subimos degrau a degrau, ela é a dádiva divina que nos permite ascender ao longo dos dias a um plano superior situado algures, longe ou perto de nós - o infinito!


Traçamos assim um todo que revela a nossa essência, o nosso modo de viver e, acima de tudo, de aprender a conhecer tudo aquilo que nos rodeia. Aprendizagem constante a da vida! Na algibeira; no regaço ou debaixo do braço, a companhia indispensável de um livro. Ele que é a árvore da qual brota o conhecimento e mil e uma imagens que sugerem sonhos, quiçá apenas a escaços centímetros de se tornarem realidade?!




Entre o real e o surreal,


A ponte que aponta o infinito...


Folhas tingidas por um lápis qualquer,


Que numa mão de aluguer


Viajam de mão em mão,


São palavras em vendaval!


Mas um vendaval em criação...

domingo, 20 de abril de 2008

quarta-feira, 16 de abril de 2008

O sonhar, o acreditar e o alcançar



'' ... O mundo está nas mãos daqueles que tem a coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos ... ''




Paulo Coelho

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Portas que se fecham, enquanto outras se abrem!


Mãos postas na algibeira
Em busca de um qualquer metal.
Das moedas, o chocalhar não ouço;
O silêncio é assim o meu rival.

Quão importante é nesta vida
Corpórea, terrena e universal,
Este sujeito chamado dinheiro?
É mais um ingrediente para um surto material.

Realidade é pois
Que a sua ausência
É por todos reclamada.
Compra e venda, ciclo vicioso
Da sobrevivência!
Pântano de uma humanidade
Submersa, que a pouco e pouco
Se vê mais enterrada.

Desnuda-me este vazio
Com um certo grau de preenchimento!
A pobreza que eu lamento,
É também a que eleva
A riqueza a um patamar superior.

Planalto verde e florido,
Campo vasto e estendido
Ao longo do caminho,
Para a evolução espiritual.

Desprovida de matéria,
De ouro é a existência
Cujo batel me conduz na invisibilidade...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

O poder de ir mais além...


"A hora mais escura da noite é justamente aquela que nos permite ver melhor as estrelas".


Charles A. Beard

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Comentários perigosos!!!

Indignação é o sentimento que me persegue cada vez que entro no meu próprio blog, e me deparo com comentários do género "look here" ou "see here", pois sei que estes escondem enormes quantidades de vírus. O que é facto, é que esta situação começa a ser demasiado frequente. Para mim, que conheço de antemão as brincadeiras dos "chicos espertos" que só se congratulam com o mal dos outros, é fácil lidar com isto no sentido prático: basta um remover comentário e voilá. O me me preocupa realmente são os visitantes do blog, porque basta abrirem o comentário para que o seu computador fique infectado!

Assim, aos estimados visitantes deste e de outros blogues peço a máxima atenção: não abram nada semelhante ao que divulguei!

Quanto aos "chicos espertos", gostava de lhes perguntem até que ponto se sentem protegidos. Afinal, poderão ser a próxima vítima!?

domingo, 6 de abril de 2008

Filhos da Mãe Natureza!

OS QUATRO ELEMENTOS:

AR é a essência da vida;
Respiração pura e sentida.

ÁGUA que abranda o calor,
Grande poder o teu.
Uma deusa com tanto valor
Acalma a sede de quem não bebeu.

FOGO: a tua chama pode aquecer
O Mundo inteiro com intensidade;
Grande é o teu poder,
O criador da luminosidade!

TERRA que nos permite colher
Esses frutos que vagueiam no pomar.
Recebes a semente para a fazer crescer;
Recebes a recompensa por querer amar
A Natureza e fazê-la renascer.

sábado, 5 de abril de 2008

Uma lição de vida, pura, intensa e real!

"Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas"

As pérolas são uma ferida curada.

Pérolas são produto da dor, resultado da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia.
A parte interna da concha de uma ostra é uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia penetra, as células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas para proteger o corpo indefeso da ostra. Como resultado, uma linda pérola é formada.
Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada:

a) Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de um amigo?
b) Já foi acusado de ter dito coisas que não disse?
c) Suas idéias já foram rejeitadas?

Então produza uma pérola... cubra suas mágoas e as rejeições sofridas com camadas e camadas de amor.
Lembre-se apenas de que uma ostra que não foi ferida, não produz pérolas - pois uma pérola é uma ferida cicatrizada.

Autor desconhecido

sexta-feira, 4 de abril de 2008

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Ondas do mar...


Eu sou o ar que respiro

neste dia de intenso calor.

Sinto a suave brisa,

doce mar bem perto

daquele nobre pescador.


Vida filha de um tempo

de muitas marés...

Farol apontando sem direcção,

será por isso inundado do barco o convés?


Não! O Marinheiro perdeu o rumo,

a coragem de enfrentar a tempestade.

Do ondular das ondas segue a agitação,

na esperança de a ver longe.

Longevidade requerida

para a sua intrínseca inquietação.


Ao mar da idade ondulando,

a calmaria é a barca da fantasia.

sábado, 29 de março de 2008

Perto de um Jardim Florido, eu...


Deixo flectir os meus contornos
Sobre um banco de jardim,
Aparafusado a um relvado sem fim...

O aroma de jasmim
Libertino, indómito...
Uma insígnia imaculada
Apologista de que o fim
Não o trará o vento, nem numa rajada!

Olfacto activo
E aquele almíscar...
Um sítio cativo
Para se ser feliz,
Ao lado daquela perdiz coruscante!
Quiçá o que sempre quis
Ao debicar o seu alimento,
Foi escrever o que diz
Para betar seu contentamento!?

Assim me perco em desvelo,
Nesse jardim ingente...
Deixo solto meu cabelo
Inquieto, de tão contente!

quinta-feira, 27 de março de 2008

Porque não nasci rio?


O rio atinge os objectivos porque aprendeu a contornar os obstáculos.


André Luiz

segunda-feira, 24 de março de 2008

O meu deserto

Nesta minha caminhada pelos trilhos secretos da vida que tento desvendar, tenho-me deparado com lacunas que nada nem ninguém consegue preencher. Viajo assim sem sul, sem norte... somente em busca de uma sorte que desconheço!?
A minha presença física é delineada pelo sombreado do meu rosto. Luto contra a desilusão que me invade no instante em que sustenho a respiração, sufocando a minha vontade louca de chorar. Lágrimas que imploram pela liberdade de expressar a sua mágoa! Uma mágoa trajada de momentos em que pessoas que me circundam, revelam uma faceta atroz e impiedosa, fria até! Fico ferida, dói-me a alma por desconhecer quem pensava conhecer!
Vivo este vácuo existencial como que perdida num deserto, sem me querer encontrar. Apenas divago nas asas do silêncio e me sento a meditar. Preciso voltar a acreditar!

MENSAGEM:
A todos os leitores que têm assistido à ausência das minhas palavras neste blog, fica o meu pedido de desculpas e a promessa de que voltarei em breve, com mais e melhor de mim.
Obrigada pelo vosso apoio incondicional!

quarta-feira, 19 de março de 2008

Momentos de partilha


A saudade partiu

Sem destino aparente;

Apenas a senti ausente!


Levaste-a contigo

Num dia que o passado tem.

O presente, nada lembra do antigo,

Somente a incerteza que o sustem.


Eu busco o entendimento,

A compreensão por que suplicas.

Partilho o teu desalento,

As lágrimas que te percorrem

E conduzem ao isolamento,

A que eu assisto.


Dou-te espaço para pensar,

Na esperança de te encontrar

No momento em que só tu sabes,

Como e quando agir.

Deixa-te ir para onde o mar te levar,

Se o seu ondular se fizer ouvir!

domingo, 16 de março de 2008

Um sentir partilhado...

O preço de acreditar!

Nostalgia de minh’alma
Por onda andas que te não vejo?
Atormentas a minha calma
Sem misericórdia de mim!
Preciso ser salva
Desta angústia sem fim.
Controlar este desejo
De querer mais,
De querer sempre,
Acreditar naquilo que outrora
Um simples beijo,
Revelou um Ser diferente!

Vã necessidade de encontrar
Um trilho secreto especial...
Quando prestes a alcançar,
Fantasmas assombram como vendaval!

Qual sinceridade florida
De tenro sabor!
Paz apunhalada, dor sofrida,
Ingenuidade de um pobre sonhador...

Atrás o tempo das confissões
Repletas de soberbos sentimentos.
Hoje tempestade, morada dos trovões
Que erguem meus lamentos!

Lá no alto,
A Lua dorme assustada,
Depois de acolhida
Jamais se julgara abandonada!

sábado, 15 de março de 2008

Dádivas da Natureza




Adormeço sob o olhar atento da lua quando, mesmo sem a buscar, ela se dirige a mim. Ao alcance da minha mão, assemelha-se a um vulto fugidio que assombra quatro paredes circunscritas mas, abrindo fendas profundas, as derruba e esvoaça livremente!
A cor que predomina em seu traje cerimonial mais não é que um branco que a eleva a uma pureza que transcende o Ser Humano. A lua, essa eterna amante do sol, é a dama da noite que hipnotiza com a sua presença imponente. Homens que divagais no vazio de uma vida aparentemente sem sentido, olhai-a; prostrai-vos a seus pés e deixai que seja ela a musa que vos inspira!
Do sol, absorvei o amarelo brilhante injectado sobre vós através dos seus longos raios e vede neles um abraço sobre toda a humanidade!
São dádivas da Natureza das quais devemos desfrutar...


O sol e a lua são,
Por si só, dois elementos.
Na Natureza há um milhão
De figuras e segmentos.

Por nada delimitados
Excepto pelo Homem
E pelo excessivo uso da razão,
Porque não sente os sentimentos
Que constantemente o consomem
E abarcam seu coração,
Em múltiplos momentos
Desejados de transformação.

Veja o reflexo da Natureza,
Os ciclos sucessivos a que se submete!
Eleve-se na subtil leveza
Para que esta o remete...

Homem, deixa-te alcançar
Para que não sejas alcançado...
Não faças o tempo esperar!

terça-feira, 11 de março de 2008

Em tempo de reflexão...

Não devemos ser escravos de um padrão, de uma época, de um costume. Aprendendo a pensar por nós mesmos, experimentamos a liberdade.

Luiz Márcio M. Martins

sábado, 8 de março de 2008

Dia Internacional da Mulher!


O dia de hoje é mais um dia "temático" dedicado a alguém - à MULHER.

Pena é que seja necessário haver um só dia no ano em que se celebre, ou pelo menos nos lembremos do papel da Mulher na sociedade.

Este Ser não é um qualquer!

É uma borboleta colorida que voa mais e mais além

Do que qualquer outro elemento da Natureza.

Uma escultura com a essência pura da beleza,

Até mesmo no seu sentido interior.

A Mulher, é a mãe que dá à luz

A flor que desabrochar no amanhã.

Desempenha mil e um papéis

Num único cenário, nem sempre colorido.

Por vezes, povoam-no manchas, nódoas negras

Causadas pela insensatez do Homem!

Que no dia de hoje relembremos

Os momentos em que a violência assombra esse Ser!

Que o Mundo possa conceber

A realidade de amar como ama uma Mulher!

Gratidão - esta palavra que nos-é por vezes cara,

Seja de agora em diante menos rara em nosso quotidiano!

Apenas para agradecer o facto de eu existir;

De todos existirmos...

Deu-nos à luz; criou-nos uma Dávida da Natureza.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Ao sabor das palavras de Fernando Pessoa

O amor é uma companhia

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.


Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.


Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara de
la no meio.


Alberto Caeiro

quarta-feira, 5 de março de 2008

Essência a céu aberto...

Ao vento solto uivos de saudade
De momentos que guardo ternamente;
Loucura, tortura ou vaidade?!
(In)certezas de quem se sente
E não mente!

Alcance que não alcanço
Por muito que tente alcançar...
Pé para diante, mas não avanço,
Perco-me antes de te encontrar.

Resta-me andar por este trilho
Da vida desencaminhada.
No caminho colho uma flor,
A mais bela do jardim;
Presente intenso de sabor,
Aroma perpétuo de jasmim!
Toda a essência tem um valor...
O valor tem a essência de mim,
Descobri-la, cabe-te a ti por fim!

sábado, 1 de março de 2008

Um País em crise!

Qual será o ponto de embate final?

Cada dia que passa, vejo-me sentada diante de um televisor que transmite inúmeros momentos de descontentamento e até mesmo de revolta, face às novas propostas governamentais. Não ponho em causa o facto do povo ter ou não razão nos seus protestos, questiono sim a censura do poder estatal. É lamentável que, num país em que se vive em democracia, tendo-se por conseguinte o direito à liberdade de expressão, se pretenda retomar a política que antecedeu o 25 de Abril de 1974!
Eu própria me deixo contaminar por esta revolta que assola o país de norte a sul. Vive-se um estado de calamidade na área da saúde e da educação, contudo, apesar de errar ser humano, nem sempre a correcção e o reconhecimento desses mesmos erros acontece!
Não chegará já de mortes a caminho de hospitais que se situam a distâncias assombrosas? Não será o momento de tomar decisões atempadamente, ao invés de impor uma reforma (diria antes retrocesso) na educação, nesta fase do ano lectivo? Sobretudo, é altura de deixar o direito à manifestação acontecer! É o momento fulcral para justificar o salário que recebem os senhores do poder! Que ouçam a voz do povo, que é também a voz dos seus eleitores!
Espero que alguém trave esta onda de erros constantes, antes que se dê um embate final de uma escala colossal!
Que as vozes do povo ecoem nos ouvidos destes senhores e os façam modificar o seu enevoado modo de ver; de viver em sociedade...

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Momento de luta pela paz...


Nem tudo o que se enfrenta pode ser modificado. Mas nada pode ser modificado enquanto não for enfrentado.


James Baldwin

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Numa fracção de segundos!


É alucinante a forma repentina como determinadas pessoas conseguem passar de (ditas) amigas, a vozes jucosas apenas com a finalidade de nos derrubar! Outrora, ainda tinha uma ponta de esperança de que as pessoas pudessem mudar, pudessem reformular o sentido da palavra amizade. Agora, para mim este é apenas um ideal utópico!

Tento abstrair-me desta intempérie de questões, que dá lugar a sentimentos que ferem profundamente, mas em vão o faço. Há sempre alguém que surge demonstrando um enorme apreço por mim e, no instante seguinte, me pede auxílio para solucionar um problema aqui, outro ali... alcançado o seu objectivo, transforma-se num alguém desconhecido!

Até quando será a amizade um jogo de interesses? Não haverá retorno possível aos tempos de outrora?

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Perigo para os blogger's!

A razão pela qual o fazem, não sei! Se são filhos de um ócio sem dimensão? Sim, são pela certa! Até porque, invadem os nossos blogs não com um qualquer interesse cultural, mas somente com o intuito de provocar danos. Eles são autores de comentários e chegam mesmo a colocar um nickname como identificação.
A questão é: como filtrar estes comentários? Desconheço a resposta. Deixo, no entanto, uma simples pergunta: viverá a humanidade disso mesmo... desse virus chamado mal?!

ATENÇÃO: ESTA NÃO É UMA METÁFORA COMO USEI ANTERIORMENTE. A ABERTURA DE ALGUNS COMENTÁRIOS, LEVA MESMO À LIBERTAÇÃO DE UM VIRUS PARA O COMPUTADOR! TENHA CUIDADO!

AOS AUTORES DESTE FEITO RIDÍCULO SUGIRO QUE TENTEM SER MAIS CRIATIVOS, HÁ TANTAS ACTIVIDADES DAS QUAIS PODEM USUFRUIR SEM MASSAR OS OUTROS. ..

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Por vezes...


Por vezes, preciso perder-me

Para me reencontrar!?


Por vezes, consigo esquecer-me

Por que motivo continuo a lutar!


Por vezes, preciso oferecer-me

Aos outros, sem nada querer alcançar...


Por vezes, nesse gesto em que dou

De mão aberta, sem pestanejar...

Sinto que Deus me presenteou

Com um céu repleto de estrelas,

Que nunca me cansarei de contar!