domingo, 21 de setembro de 2008

Ave que voa...


Estará seu destino predeterminado?!


Estâncias de uma vida em que a labuta é parte integrante do dia, é este o destino que me acompanha neste instante, quiçá esteja assim determinado bem antes de eu me poder aperceber!? Não me posso queixar, é um facto. Afinal de contas, a arte encontrou também neste patamar uma forma de enveredar pelos meus caminhos.

Já no que respeita à minha envergadura de poetisa, à minha entrega plena de sentidos à escrita, deverei dizer, caro leitor, que estou em falta para consigo. A ausência de uma presença outrora constante, faz-me sonhar bem alto e, é nesse planalto que me encontro a flutuar, que as minhas asas se soltam e voam, voam alto, mas muito em breve irão pousar.

O tempo dos Tempos é um carrocel colorido, constantemente em oscilação. Desta forma, sou também eu um peão algo entorpecido, em breve regressarei à viagem que iniciei como ser destemido, e que me fez erguer os olhos do chão.

Do meu regresso, apenas antevejo o amanhecer: as gotas de orvalho que me purificam e despertam os sentidos; o chilrear dos pássaros; as árvores que acordam abanando os seus tenros ramos (...); tudo o que daí advier será por acréscimo, mas adormecerei na plenitude da realização de um desejo - a partilha do meu sentir!

1 comentário:

Anónimo disse...

Serás sempre uma ave que voa...
que aclara qualquer céu,
e enaltece a essencia da vida.
neste percurso onde nos reencontramos,
numa rua qualquer do universo...
a arte é essencia e vida,
o vazio é sempre presença.
um devir constante,
um desejo mais que sublime.
a vida, é uma constante encruzilhada,
prosaíca e indeterminada.
perdida em desventuras,
laços que teimam em quebrar...
contudo, fracos e desnudos.
fica o doce sabor a mel,
a ternura de enlaçes,
recordaçoes embrionárias...
leitos percorridos em nós.
permanece o desejo do reencontro,
do manjar cobiçado das damas...
do abraço eterno em Céu azul.

Eu, sempre.....:)