segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Um entra e sai descomunal...


Portas que se fecham, enquanto outras se abrem!

Mãos postas na algibeira
Em busca de um qualquer metal.
Das moedas, o chocalhar não ouço;
O silêncio é assim o meu rival.

Quão importante é nesta vida
Corpórea, terrena e universal,
Este sujeito chamado dinheiro?
É mais um ingrediente para um surto material.

Realidade é pois
Que a sua ausência
É por todos reclamada.
Compra e venda, ciclo vicioso
Da sobrevivência!
Pântano de uma humanidade
Submersa, que a pouco e pouco
Se vê mais enterrada.

Desnuda-me este vazio
Com um certo grau de preenchimento!
A pobreza que eu lamento,
É também a que eleva
A riqueza a um patamar superior.

Planalto verde e florido,
Campo vasto e estendido
Ao longo do caminho
Para a evolução espiritual.

Desprovida de matéria,
De ouro é a existência
Cujo batel me conduz na invisibilidade...

Sem comentários: