domingo, 1 de junho de 2008

Dia Mundial da Criança

Tal como árvores que dão rebentos com o tempo, também o Ser Humano tem esse dom - o fazer nascer em si um pequeno fragmento, um jovem Ser Humano - esta é uma das dádivas divinas que Deus nos concede!
No dia de hoje a "pequenada" é a raínha da festa, de norte a sul do Mundo comemora-se o Dia Mundial da Criança, que é no fundo um louvor aos seus direitos e deveres (deveriam estes ser sempre perpetuados e respeitados, mas será que o são?!)
Não querendo anular o lado festivo deste dia, apenas desejo que a criança veja os seus direitos respeitados pela sociedade e saiba reconhecer os seus deveres para com ela.

Deixo aqui um repto reflexo da minha indignação, e simultâneamente da minha espera de mudança:


InOcÊnCiA fUrTaDa

Inocentes crianças
As que foram levadas,
Raptadas pelo mundo do crime
Que as maltrata e oprime.
Aí descobriram as suas semelhanças,
Uma vez que foram todas abusadas
Em nome do prazer
Daquele homem que quer reter
No seu ego
A insípida vontade de perverter,
Qualquer cabecinha desprotegida
Que não se possa defender!

Num envelope lacrado,
As assinaturas anónimas dos autores
Que foram chamados a depor
Pelo poder judicial.
Presentes a tribunal
Foi-lhes atribuída a coacção
De prisão preventiva,
Mas não é efectiva
Essa decisão.

Os media fazem a divulgação
Pormenorizada dos acontecimentos,
Procurando decifrar
Os servos do diabo,
Mas, ao fim e ao cabo
Há sempre nomes a acrescentar
Provenientes de vários cargos
Com a intenção de furtar
A pura inocência.
Dias amargos irão passar,
Implorando clemência
À justiça que os vai condenar
Ao ler sua sentença!

Os ponteiros do relógio
Estão em espera prolongada,
O que não é lógico
Tendo em conta uma criança apavorada
Que revive a acção premeditada
Inúmeras vezes, no seu inconsciente.

A justiça será competente
Quando fizer cumprir
O direito de agir
No menor tempo possível,
Para que seja reconhecível
A ordem de punir!

Na mente da inocência
Vê-se o mesmo filme com frequência:
A justiça é tardia
E espera-se o dia
Em que assumirá a sua competência.
em "Um Sentir Partilhado", Lúcia Valente

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