quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Pinceladas de um acizentado indefinido?!


O céu é hoje o reflexo de múltiplas pinceladas bastante indefinidas. Num minuto se deixa percorrer por um pincel munido de um cinzento escuro, para no minuto seguinte deixar que outro pincel o percorra, alterando assim a sua textura e dando-lhe um aspecto de pintura de principiante. Não deixa de ser belo, nem tão pouco de ser objecto de adolação, apenas me transmite o seu ar taciturno, e é assim que me perco a vaguear pelas ruas.

Na algibeira, um frasco de tinta azul celeste para o pintar de novo parece tranquilizar-me. Todavia, não me posso esquecer que todo o Ser tem várias expressões faciais e nem todas são subitamente perecíveis de alteração. Este rosto que hoje mascára o céu é o reflexo de múltiplas influências, por isso o olho sem parar na esperança de as conseguir desmistificar... Sem bússola, absorvo os inatos odores e sabores da natureza. São estas as coordenadas que me apraz revelar, a todo o viajante amador que nesta incursão se queira iniciar!

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