terça-feira, 31 de julho de 2007

Qual o preço a pagar por amar?



Divergências

Navego à deriva num tempo do qual não tenho memória; aqueles dias de paz e harmonia alimentando o meu Ser e gerando, consequentemente, um conceito Zen em meu torno.
Do passado sempre restam fragmentos que vivificamos no presente e que, mais vezes do que julgamos, nos ensinam a ver de forma diferente o futuro. No meu caso, a reminiscência do meu passado remete-me para momentos infindáveis de felicidade.
A felicidade é um estado de espírito, de encarar o mundo à nossa volta e senti-lo de forma intensa. Todavia, é um conceito muito abstracto, sendo que a minha felicidade e a forma como a defino, nada tem que ver com outro qualquer indivíduo. Daqui advém desde já uma fonte de aprendizagem para mim: conheci outrora uma mulher; defini-a como alma gémea; julguei ser a outra metade da laranja; vi-a como uma deusa Afrodite alimentando o meu desejo; beijei-a a cada segundo como se o mundo fosse terminar; entreguei-me por inteiro e deixei-me levar pelas abrangentes asas do cupido!
Agora, olhando o espelho estilhaçado, o que vejo?! O que sinto?! As fendas que a ele dividiram em pedaços, a mim ferem-me a alma e nem de longe, nem de perto vivo a calma! Eu vivo a incerteza não só do momento presente mas também do futuro que chegará dentro em breve. Tu fixas o teu olhar como se o quisesses aprisionar. Olhando-te, vem lá no fundo descubro que também tu mergulhaste nesse mar de incertezas e, as ondas ondulantes impedem-te de respirar, fazendo-te sufocar!
São marés de mudança que aspiram a entrar em nossas vidas.
O vai e vem de palavras que ferem afastam-nos de forma gradual e essa rotação constante urge terminar.
Para o bem e para o mal, dois seres humanos têm a capacidade de dialogar e de expressar sentimentos de formas diversas. Que assim seja de agora em diante! Eu, cavaleira andante num deserto em guerra permanente, sou uma sobrevivente lutadora! Não desistirei de ser quem sou, mesmo sabendo que entre nós e, para ti, tudo mudou!

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