segunda-feira, 9 de julho de 2007

Sei que me ouves


Falo baixinho quase num sussurro, porque me banham as lágrimas o rosto e a alma; do meu intrínseco a necessidade de te escutar; de te sentir; mas, acima de tudo, de mais uma vez me deparar com um Ser tão grande que como confidente não me censura. A tristeza que afecta minha calma e me induz um forte sentimento de revolta por uma fase mais perturbadora da vida, é a mesma que eleva o meu espírito soltando-o das garras do corpo carnal, até aos confins do mundo e aí, nesse instante que se dura uma eternidade, encontro a imundície de injustiças; de guerras; de fome; de doenças (...) No Mundo, a revolta que é minha, provocada por um mau momento, é de outros seres mas, quase sempre de forma mais intensa porque os atinge um motivo de força maior!

A ti, meu Deus, meu confidente amigo, me dirijo, não para que intercedais por mim mas, para que ergueis a humanidade em vossos braços transportando-a para o reino de consolo que é vosso. Que a vossa voz possa ser mel na armagura que sentimos correr vezes sem conta em nossas gargantas!

Obrigada por seres quem és! Obrigada por não olhares para o teu próprio umbigo; por inundares o meu rosto de lágrias porque, é nesse momento, que encontro o mar e a minh'alma consegue apaziguar!

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