domingo, 21 de setembro de 2008

Ave que voa...


Estará seu destino predeterminado?!


Estâncias de uma vida em que a labuta é parte integrante do dia, é este o destino que me acompanha neste instante, quiçá esteja assim determinado bem antes de eu me poder aperceber!? Não me posso queixar, é um facto. Afinal de contas, a arte encontrou também neste patamar uma forma de enveredar pelos meus caminhos.

Já no que respeita à minha envergadura de poetisa, à minha entrega plena de sentidos à escrita, deverei dizer, caro leitor, que estou em falta para consigo. A ausência de uma presença outrora constante, faz-me sonhar bem alto e, é nesse planalto que me encontro a flutuar, que as minhas asas se soltam e voam, voam alto, mas muito em breve irão pousar.

O tempo dos Tempos é um carrocel colorido, constantemente em oscilação. Desta forma, sou também eu um peão algo entorpecido, em breve regressarei à viagem que iniciei como ser destemido, e que me fez erguer os olhos do chão.

Do meu regresso, apenas antevejo o amanhecer: as gotas de orvalho que me purificam e despertam os sentidos; o chilrear dos pássaros; as árvores que acordam abanando os seus tenros ramos (...); tudo o que daí advier será por acréscimo, mas adormecerei na plenitude da realização de um desejo - a partilha do meu sentir!

domingo, 14 de setembro de 2008

Uma gota de audácia, num oceano de incertezas...

Por que nos contentamos com viver rastejando, quando sentimos o desejo de voar?

Hellen Keller

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Faço minhas as suas palavras...

Um escritor, um pintor, que conseguiram fixar numa página ou num quadro um sentimento das coisas do mundo, uma visão que durará para sempre, comunicam-me uma emoção profunda.

Federico Fellini

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Fonte de Vida



Parte de mim
Ficou para trás
Em dias chuvosos perdidos...
Hoje, o dia tem mais cor;
Renasci numa flor de jardim
Com um aroma que desperta os sentidos
Ao som do barulho que a brisa faz,
E que nos deixa aturdidos!

São vidas as suas pétalas;
Botão activo no presente;
Pólen adocicado como mel;
Caule que se ergue fortemente.

Na plena harmonia
Que absorvo em abundância,
Faço a degustação da alegria
Do que é sonhar, acreditar e conseguir,
Após um longo desfiladeiro de inconstância.

O meu viver, é agora o meu sorrir!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Um entra e sai descomunal...


Portas que se fecham, enquanto outras se abrem!

Mãos postas na algibeira
Em busca de um qualquer metal.
Das moedas, o chocalhar não ouço;
O silêncio é assim o meu rival.

Quão importante é nesta vida
Corpórea, terrena e universal,
Este sujeito chamado dinheiro?
É mais um ingrediente para um surto material.

Realidade é pois
Que a sua ausência
É por todos reclamada.
Compra e venda, ciclo vicioso
Da sobrevivência!
Pântano de uma humanidade
Submersa, que a pouco e pouco
Se vê mais enterrada.

Desnuda-me este vazio
Com um certo grau de preenchimento!
A pobreza que eu lamento,
É também a que eleva
A riqueza a um patamar superior.

Planalto verde e florido,
Campo vasto e estendido
Ao longo do caminho
Para a evolução espiritual.

Desprovida de matéria,
De ouro é a existência
Cujo batel me conduz na invisibilidade...