sábado, 5 de janeiro de 2008

A poesia com o mesmo sabor de sempre...



O choro das nuvens

Pingas descaradas
Desfilam na sua nudez
De ser assexuado!
Lágrimas pelas nuvens derramadas;
Águas de um céu lavado
Correm como pela primeira vez.

Estendo os dedos longitudinalmente
Para que alcancem o espaço
Que me cobre a cabeça:
Danço; canto; sorrio... o que eu faço
Apenas para que ele desça
E me molhe solenemente!

Choram as nuvens enternecidas,
Nada lamentando, somente recriando
Um clima de Inverno molhado.
O seu oscilante choro
Transforma a paisagem
Que à muito nos vinha acompanhando;
Dá-lhe um sorriso estridente, escancarado,
Pois o doce destempera o salgado!?

Temperos modificados
Que saboreio delicadamente.
Com os pés na terra molhados
Caminho por dias pardacentos,
Mas cheios de alento...

1 comentário:

Anónimo disse...

gostei muito do sentido das tuas palavras;
do aroma que brotam;
da magia que encerram.

em qualquer epoca do ano, são presentes para a alma.
ao entardecer, no quentinho da lareira.
ao anoitecer, em diálogo à mesa.
em qualquer estação do ano.
elas reflectem beleza interna...
palavras sentidas, com emoção.
Um livro aberto entre o céu e a Lua.

eu sempre..........:)