segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
domingo, 30 de dezembro de 2007
Novos rebentos!
Época de crescimento contínuo a que me, a que nos abraça nesta temporada. Num rio de emoções flutuamos como folha acastanhada, envelhecida por um Outono que, embora tenha ficado para trás, ainda aqui jaz! Bebo assim de uma sede intensa: quero ser folha sim, ter liberdade para flutuar na água e voar ao sabor da doce e suave brisa; mas, este é um querer muito "sui generis"... quero ser uma folha verde, dada à luz por um rebento gerado no seio da árvore mais formosa à face do paraíso. Sua graça é Árvore dos Desejos! Ajoelhada diante da sua inerente beleza, projecto imagens em que não sou protagonista... imagens; desejos ou mensagens; livro aberto que ao mundo ofertei:
Páginas em branco
Que inusitadamente deixei
Para que Deus escrevesse
As suas tão nobres linhas.
Das letras que me socorri
Fiz uma lista de desejos,
Desejos que sempre sonhei
Mas que ficaram nas entrelinhas
Porque, simplesmente, não corri...
Com uma chave dourada
Anuncío o encerramento
Destes 12 meses passados.
Um ano de amadurecimento.
Meses de aprendizagem,
Passos largos de passagem...
Nova fechadura encontrada
Neste fim e início de um novo ciclo.
Que o Ano Novo seja a chave sagrada
Para o baú dos desejos de todo um povo!
A minha lista de desejos:
Tempo para perdoar;
Saber aprender com os erros;
Nunca esquecer como amar;
Ter sempre o sabor dos teus beijos;
Ser as mãos que sabem acariciar;
Ouvir os conselhos de outrém;
Olhar, no sentido de observar
Todo um mundo em meu redor;
Acreditar que posso, se lutar,
Dar a todos os que necessitam
Um pouco de esperança, de consolação;
Incentivar a paz, inventar a harmonia...
Acrescentar algo de novo em todo e qualquer coração
Para que nasça um ano trajado de igualdade e alegria!
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Momento de que necessito!
Parar para pensar
Devagar , devagarinho
Vou andando cautelosa ,
Pois não conheço o caminho
E a rota pode ser perigosa .
Setas de direcção
Aparecem no seu lugar ,
Mas é grande a confusão
Que todas juntas conseguem gerar .
Virar para a direita
Ou para a esquerda ,
Parece simples decidir ...
Sim , a escolha tem que ser feita
Mas , por onde hei-de eu ir ?
Devagar , devagarinho
Vou andando cautelosa ,
Pois não conheço o caminho
E a rota pode ser perigosa .
Setas de direcção
Aparecem no seu lugar ,
Mas é grande a confusão
Que todas juntas conseguem gerar .
Virar para a direita
Ou para a esquerda ,
Parece simples decidir ...
Sim , a escolha tem que ser feita
Mas , por onde hei-de eu ir ?
domingo, 23 de dezembro de 2007
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Louvor a um Natal em harmonia...
Desato o nó do laço
Daquele incógnito presente
Ali deixado ao acaso.
Debaixo do verde
De uma árvore luzente,
Espreito, e estico o braço:
Sinto um formato
Que não sei descrever;
Um sentimento que não sei sentir(...)
Na realidade, o meu maior presente
É bem fácil de conceber:
Um simples cordão humano
Complexo e completo de vivências,
Mãos entrelaçadas na união;
Na paz; na harmonia e no perdão;
No respeito pelas múltiplas existências
Que povoam a civilização!
O que peço é mais que um presente,
É um conjunto deles trabalhados em conjunto!
Por isso o quero tão somente...
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Para mim...
“O Natal não é um momento nem uma estação, senão um estado da mente. Valorizar a paz e a generosidade e ter graça, é compreender o verdadeiro significado de Natal!”
Calvin Coolidge
sábado, 15 de dezembro de 2007
Na companhia da solidão...
Vagueio pelas ruas da cidade:
Traçados; avenidas; ruelas;
Rectas pertinentes; subidas íngremes;
Labirinto de vielas...
Visto-me de ansiedade
Dos pés à cabeça!
Desfilo, como que por vaidade,
Na esperança de que alguém apareça.
Nego a companhia que tenho!
Afirmo a ausência física de tantos,
De tanta gente, de ninguém...
Passeio de mão dada
Unida com uma solidão
Pela qual me deixei invadir.
O meu pensamento não tem paradeiro!
O meu envoltório, esse, desconheço-o!
Com um palpitar de coração
Acelerado e espaçado,
Deixo o meu choro sorrir;
Preciso soltá-lo de tão amordaçado.
Ao passar dos meus passos
Sigo em frente, enquanto escrevo
Por entre linhas...
Decifro coordenadas,
Nem sei se traçadas
Ou ainda por traçar.
Desenho um trevo
Para que me traga a sorte
E a vontade forte
De seguir caminhando...
Valente poetisa que no dia
Que hoje finaliza
Declama para o universo,
Enfrentando de rosto erguido
O receio sentido,
Pela ausência física
De um amor confesso!
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Relato de um dia de trabalho
Rotina
O sol acaricia o frio
Com o seu terno raiar
Quando desponta, pela manhã.
Abre-se a porta do casario;
Põe-se o termómetro a registar...
É a temperatura oscilante
Num ir e voltar constante!
O senhor do calor
Cruza os seus braços,
Olhando ao seu redor.
O cidadão que inicia mais um dia
De um árduo trabalho,
Recebe uma manhã fria
E cobre-a com o seu agasalho.
É neste improvisado aconchego
Que desfila pela cidade
Embrenhando-se no trânsito
Até ao seu ponto cardeal;
Aí, apazigua-o o sossego,
Pois a sua viagem chegou ao final.
Final da viagem,
Início de mais um jornada:
Trabalho, emprego ou outros mais,
São denominações diferentes
Para gente atarefada...
Gente que sustenta os seus ideais!
Uma sociedade desmantelada
Pela desigualdade económica
Que parece não mais se equiparar
À de ontem, à de um antigamente...
Altura em que a vida
Era semeada; plantada e colhida
Por todos, numa mesma frente.
Tempos que de hora a hora
Os vêm visitar
Estarão de regresso, não demora!?
O sol não vai embora,
Permanece um bom observador
E nunca volta as costas
O sol acaricia o frio
Com o seu terno raiar
Quando desponta, pela manhã.
Abre-se a porta do casario;
Põe-se o termómetro a registar...
É a temperatura oscilante
Num ir e voltar constante!
O senhor do calor
Cruza os seus braços,
Olhando ao seu redor.
O cidadão que inicia mais um dia
De um árduo trabalho,
Recebe uma manhã fria
E cobre-a com o seu agasalho.
É neste improvisado aconchego
Que desfila pela cidade
Embrenhando-se no trânsito
Até ao seu ponto cardeal;
Aí, apazigua-o o sossego,
Pois a sua viagem chegou ao final.
Final da viagem,
Início de mais um jornada:
Trabalho, emprego ou outros mais,
São denominações diferentes
Para gente atarefada...
Gente que sustenta os seus ideais!
Uma sociedade desmantelada
Pela desigualdade económica
Que parece não mais se equiparar
À de ontem, à de um antigamente...
Altura em que a vida
Era semeada; plantada e colhida
Por todos, numa mesma frente.
Tempos que de hora a hora
Os vêm visitar
Estarão de regresso, não demora!?
O sol não vai embora,
Permanece um bom observador
E nunca volta as costas
A um assíduo e humilde trabalhador.
domingo, 9 de dezembro de 2007
A embriaguez do amar...
"Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remédio."
(Shakespeare)
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
A lufada da noite
Incorporo o semblante de uma estrela que brilha intensa, à noite. Como qualquer outra, não tenho um pouso determinado por ali ou por aquém, apenas existo e subsisto num universo infinito!
Hoje, em particular, sinto a necessidade de fazer uma viagem mais alongada e peço às nuvens que me ergam no ser lençol. Agarrada a ele, aguardo que o vento da noite fria me faça voar; cintilando aqui e além; fazendo abrir o sorriso do rosto de um alguém sem nome, simplesmente...
Nesse instante, o meu brilho intensifica-se! Perdida no universo encontro-me num sorrir distante, contudo, a distância é relativa, não é?!
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Música para os meus (seus) ouvidos...
Piso o solo da minha terra, estou em casa, por fim. O cansaço que em mim se encerra, leva-me a aspirar a uma levitação permanente... Na luz dos meus aposentos fecho os olhos e sinto a música que me invade aos poucos! Contagiante esta melodia que aqui partilho; Abstracta a sua interpretação; contudo, a perfeita sintonia me conduz à rua em que divago, me encontro e me perco sem qualquer preocupação!?
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
O encanto da chuva matinal!
Alcancei da janela o cortinado,
Senti no tacto o seu tecido,
Vislumbrei uma paisagem matinal
Num rosto semi adormecido.
Um acordar despertino
Com o frio da manhã
Companheiro da chuva,
Essa senhora asseada
Passeando por entre as núvens!
Água límpida, ingénua, pura;
Sumo apetecido de uva
Espalhado na terra molhada.
Gotículas transparentes;
Traços oblíquos tangentes;
Suco que alimenta as sementes
E enraiza as suas gentes.
domingo, 2 de dezembro de 2007
Carta ao Pai Natal
Há uns dias acordei com a nostalgia a meu lado contudo, pensei somente ter sonhado. Por entre as pálpebras dos meus olhos verdes esperança pareciam deslizar lágrimas coloridas por recordações e também por desejos que há muito pretendo realizar. Então, pensei escrever uma carta ao Pai Natal, mas lembrei-me de que são inúmeras as pessoas que a ele recorrem, por que haveria ele de me escolher a mim para presentear?
Fechei de novo os olhos e concentrei-me no pensamento optimista de que sem lhe escrever nunca obteria uma resposta, fosse ela positiva ou negativa. Assim, na minha mente criei uma folha de papel em branco, límpida e pura como é pura a ingenuidade com que vivo certos momentos e ditei a um escrivão as palavras que letra a letra; sílaba a sílaba sentia meu coração. (...)
Quando dei conta, na realidade o Natal era para mim algo bem diferente daquilo que eu imaginava, ou até do que sentia no passado. Nesse momento tão meu, abri repentinamente os olhos e olhei em meu redor, finalmente, depois de poucos mas longos anos de existência, reconstruí um mundo com lugar para todo o Ser Humano, pois em cada um dos nossos egos há defeitos e virtudes... há, simplesmente, a razão de existir!
Assim, meu querido Pai Natal, te apresento a minha lista de presentes:
Pedir-te-ia um portátil
Para melhor organizar
Os textos que escrevo sem parar,
Contudo, sou bem versátil,
Posso na minha mão pegar
E assim ajudar quem mais precisar;
Pedir-te-ia uma câmara digital
Para registar os momentos
Com os melhores sentimentos
De uma forma natural;
Pedir-te-ia um telemóvel
Mas já tenho o meu,
Sei-o meio louco mas,
Totalmente, ainda não enlouqueceu;
Pedir-te-ia um livro
Para viajar na leitura...
Pedir-te-ia muito mais,
Só que, lembro-me hoje dos demais!
Com a mão estendida
Te peço então:
Concede a toda a gente
Saúde; trabalho; dinheiro e comida
Para que o natal
Seja para sempre
Uma data querida
Mesmo aos que pobres são!
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