terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Relato de um dia de trabalho

Rotina

O sol acaricia o frio
Com o seu terno raiar
Quando desponta, pela manhã.
Abre-se a porta do casario;
Põe-se o termómetro a registar...
É a temperatura oscilante
Num ir e voltar constante!
O senhor do calor
Cruza os seus braços,
Olhando ao seu redor.
O cidadão que inicia mais um dia
De um árduo trabalho,
Recebe uma manhã fria
E cobre-a com o seu agasalho.
É neste improvisado aconchego
Que desfila pela cidade
Embrenhando-se no trânsito
Até ao seu ponto cardeal;
Aí, apazigua-o o sossego,
Pois a sua viagem chegou ao final.
Final da viagem,
Início de mais um jornada:
Trabalho, emprego ou outros mais,
São denominações diferentes
Para gente atarefada...
Gente que sustenta os seus ideais!
Uma sociedade desmantelada
Pela desigualdade económica
Que parece não mais se equiparar
À de ontem, à de um antigamente...
Altura em que a vida
Era semeada; plantada e colhida
Por todos, numa mesma frente.

Tempos que de hora a hora
Os vêm visitar
Estarão de regresso, não demora!?

O sol não vai embora,
Permanece um bom observador
E nunca volta as costas
A um assíduo e humilde trabalhador.

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