Vagueio pelas ruas da cidade:
Traçados; avenidas; ruelas;
Rectas pertinentes; subidas íngremes;
Labirinto de vielas...
Visto-me de ansiedade
Dos pés à cabeça!
Desfilo, como que por vaidade,
Na esperança de que alguém apareça.
Nego a companhia que tenho!
Afirmo a ausência física de tantos,
De tanta gente, de ninguém...
Passeio de mão dada
Unida com uma solidão
Pela qual me deixei invadir.
O meu pensamento não tem paradeiro!
O meu envoltório, esse, desconheço-o!
Com um palpitar de coração
Acelerado e espaçado,
Deixo o meu choro sorrir;
Preciso soltá-lo de tão amordaçado.
Ao passar dos meus passos
Sigo em frente, enquanto escrevo
Por entre linhas...
Decifro coordenadas,
Nem sei se traçadas
Ou ainda por traçar.
Desenho um trevo
Para que me traga a sorte
E a vontade forte
De seguir caminhando...
Valente poetisa que no dia
Que hoje finaliza
Declama para o universo,
Enfrentando de rosto erguido
O receio sentido,
Pela ausência física
De um amor confesso!
1 comentário:
parabéns pelo livro publicado.
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