domingo, 30 de dezembro de 2007

Novos rebentos!

Época de crescimento contínuo a que me, a que nos abraça nesta temporada. Num rio de emoções flutuamos como folha acastanhada, envelhecida por um Outono que, embora tenha ficado para trás, ainda aqui jaz! Bebo assim de uma sede intensa: quero ser folha sim, ter liberdade para flutuar na água e voar ao sabor da doce e suave brisa; mas, este é um querer muito "sui generis"... quero ser uma folha verde, dada à luz por um rebento gerado no seio da árvore mais formosa à face do paraíso. Sua graça é Árvore dos Desejos! Ajoelhada diante da sua inerente beleza, projecto imagens em que não sou protagonista... imagens; desejos ou mensagens; livro aberto que ao mundo ofertei:

Páginas em branco
Que inusitadamente deixei
Para que Deus escrevesse
As suas tão nobres linhas.
Das letras que me socorri
Fiz uma lista de desejos,
Desejos que sempre sonhei
Mas que ficaram nas entrelinhas
Porque, simplesmente, não corri...
Com uma chave dourada
Anuncío o encerramento
Destes 12 meses passados.
Um ano de amadurecimento.
Meses de aprendizagem,
Passos largos de passagem...
Nova fechadura encontrada
Neste fim e início de um novo ciclo.
Que o Ano Novo seja a chave sagrada
Para o baú dos desejos de todo um povo!
A minha lista de desejos:
Tempo para perdoar;
Saber aprender com os erros;
Nunca esquecer como amar;
Ter sempre o sabor dos teus beijos;
Ser as mãos que sabem acariciar;
Ouvir os conselhos de outrém;
Olhar, no sentido de observar
Todo um mundo em meu redor;
Acreditar que posso, se lutar,
Dar a todos os que necessitam
Um pouco de esperança, de consolação;
Incentivar a paz, inventar a harmonia...
Acrescentar algo de novo em todo e qualquer coração
Para que nasça um ano trajado de igualdade e alegria!

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