Alcancei da janela o cortinado,
Senti no tacto o seu tecido,
Vislumbrei uma paisagem matinal
Num rosto semi adormecido.
Um acordar despertino
Com o frio da manhã
Companheiro da chuva,
Essa senhora asseada
Passeando por entre as núvens!
Água límpida, ingénua, pura;
Sumo apetecido de uva
Espalhado na terra molhada.
Gotículas transparentes;
Traços oblíquos tangentes;
Suco que alimenta as sementes
E enraiza as suas gentes.
Sem comentários:
Enviar um comentário