terça-feira, 20 de novembro de 2007

Momento de inspiração...


Na margem de um rio

Águas frias, gélidas
De um perfil temperamental;
Gaivotas em busca de alimento,
A largo passo sedento
Do manjar que lhes é essencial.
Nuvens de algodão doce
No seu azul celeste,
Este, em que a paisagem investe!
Plantas flutuantes
Ante qualquer maré;
Povoados distantes
Crentes na sua fé...
Peixes que emergem
Sem razão aparente,
A uma superfície
Deveras diferente!?
Barcos abandonados
No meio de nenhures...
Na mira do observador,
Estou eu, algures.
Banco de jardim
Defronte para o rio,
Esta paisagem que sorri para mim!
Motor de barco
A alta velocidade
Que me conduz à realidade:
Águas profundas e poluídas
Num lodo lamacento
Se movem para me aprisionar,
Foram feridas, foram sentidas...
Não mais podem ser motivo de desalento!
A árvore da vida
Deu à luz um rebento
Jovem, lutador e capaz,
Crescerá com a máxima
De que tudo o que faz
Tem um motivo de ser:
O prazer de viver!

1 comentário:

Anónimo disse...

quando a inspiração nos invade a mente, mesmo no recanto mais feio, encontramos as palavras certas para definirmos a paisagem que nos rodeia. a inspiração é inequívoca, tal como a motivação para o acto da criação. a geração de uma ideia, no plano racional, é um fenomeno único, apanágio de apenas algumas pessoas.
é um processo inconsciente da mente... um devir de dentro... um despojo da alma. sempre.
que deus te abraçe com muitas paisagens e palavras tão belas quanto as que aqui deixaste.

eu sempre....:)