segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Realidade ou equívoco?



PEÇA DESAJUSTADA

Boca calada,
Pensamentos ruidosos:
Verdades versus mentiras
Ou vice versa,
Joga uma plateia de intrigas
De identidade perversa!?

Diálogos estranhos
Construídos peça a peça,
Minuciosamente.
Eu alimento-os,
Contribuo para que nada impeça
O desenrolar surpreendente
Da construção eloquente...
Construção da gente
Barricada numa intenção
Tão pobre!
Dos seus umbigos
Desconhecem o interior,
Mas têm o gesto nobre
De semear o ódio e o rancor.

Prazer em causar danos,
Ânsia de apimentar feridas...
Ritmos urbanos
De brincar às escondidas.

O joio do trigo
Quer-se separado,
Por isso, são palavras
Que o vento levou,
As que para mim
Rotularam de perigo!

Transparência de sentidos
À sombra de rostos enraivecidos!?

1 comentário:

Anónimo disse...

plebeias palavras que brotas,
neste cancioneiro da vida.
nós somos a verdade do mundo...
que na alma residente intemporal.

o diálogo encerra partilha,
sentimentos de comunhão.
no puzzle da vida,
cada peça tem um lugar único.

o que os outros dizem,
pouco ou nada interessa.
de eloquentes e dissidentes,
pássaros presos, barricados.

o mundo é controverso,
as palavras, o espelho da alma.
nelas nos retocamos,
para de novo brilharmos.

as verdades que encerram,
reflectem a (in)beleza que há em nós...
o ser humano é intriguísta por natureza,
alimentando-se do pecado alheio.

rostos enraivecidos e disformes...
mentes distorcidas, surreais. mentirosas.
poder da imaginação,
quando no real,
é a falta de criatividade que reside.

Realidade ou equívoco?
gostava de ter essa resposta.

Eu sempre....:)