terça-feira, 21 de agosto de 2007

Apelo à noite



Luzes inúmeras dão cor
À noite, às ruas da cidade
E eu, ao seu serviço
Noctívaga no activo,
Enumero-as. Sei-as de cor!
Porque na escuridão
Procuro a luminosidade,
A chama da fogueira;
Em meu peito
Mora um motivo
Para alguns sem valor;
Sou um Ser que se esgueira
Diante do perigo
Quando ele nasce num pesadelo
E abana a minha cama.
Ao medo que sobrevivo
Depois da luta que travo
Com o meu inconsciente,
Embora a inquietação,
As dúvidas sem resposta
Teimem em derrotar
Este touro bravo,
Entro em acção:
Apelo ao meu consciente;
Acordo a minha razão;
Salto do cómodo colchão
Num acordar sobressaltado!
Mas, tendo a certeza
De que tenho acordado,
Para trás, deixo a imaginação;
Fecho-a a cadeado
Com um aloquete
Que me asseguro
Estar bem lacrado!

É assim que no escuro
Volto a adormecer...
Medo, eu te esconjuro!
Noite, embala-me como só tu o sabes fazer!

2 comentários:

Anónimo disse...

No rescaldo de mais uma noite,reencontro-me em ti...
Só a luz nos dá cor à vida,
respiro-a, inspiro-a, fugaz e sedenta.
A noite é conselheira amiga, contudo,
prevalece a falta de Luz que nos guie.
Inquietações constantes e lutas do dia-a-dia,
Apelos diários para novos dias mais conscientes.
O escuro é fiel ouvinte, conivente.
Embalo de segredos,verdades e conjecturas.

Eu....sempre :)

Anónimo disse...

Nesse trono, nessa pose, rainha de Luz,
de sorriso resguardado, inquietas minha alma.
Pose serena,senhora de ti,BELA!
Numa postura de tranqulidade, equilibrio,
leio tua alma, vitral de poesia e de descernimento.
Observo teu olhar, deixo-me penetrar em seu espelho.
Pose de rainha, Lua cheia tão ditosa.
Pose vitoriosa, cadeirao imponente.
Caminho de luz e de verdade, basta olhar.

Eu sempre.......:)...:)