sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Quem a não conhece?

A malvadez de uma senhora

Senhora de certa idade
Põe e dispõe do tempo,
Sua grandeza está na idoneidade
Da capacidade, de gerir todo e qualquer sentimento.

Mas, se a idade
É um elevado posto,
O meu é ainda mais alto;
É o sofrimento que me invade
E põe em sobressalto...
Mundo da felicidade
Onde resides, na verdade,
Se te vejo em meu lado oposto?!

Vida injusta e cruel
A sinto no seu auge!
Nunca a julgava
Tão doce como o mel,
Mas nunca a sonhava
Capaz de arrancar minha pele...

Tu, senhora autoritária
Que tudo e todos reges,
Leva-me a mim, loba solitária,
Aos pés dos mais hereges!

Sim, porque a verdade
Reside na não resignação
Ao estado de comodidade
Que contagia a nação.

Assim, eu também
Não me resignarei.
Sou gente, sou alguém;
Sou forte, audaz
E por ti, por nós,
Por vós, eu lutarei!

2 comentários:

Anónimo disse...

Reveste-se o tempo dessa mesma idoneidade...
capaz de lhe perdoar, sem malvadez aparente.
Postos existem no papel,nunca dessa forma.
Vivemos de sobressaltos constante,
vontades que teimam em vingar,
em crescer e embrilhar neste céu comum.

Os opostos atraem-se,tal como o sol e a Lua.
residem ambos,lado a lado, num Universo comum.
Vida injusta quando lhe perdemos o fio à meada,
quando o amor se eleva, senil
incorpora minha alma, senhora de mim.
Nasce desta pele sedenta, castanha,
revestida de carícias, sem autoritarismos.
Incomoda, contagiante, esta vida erege.
Seremos tão fortes quanto brilhantes,
resignados nunca, impacientes sim,
contudo, lutando até ao fim SEMPRE.

Anónimo disse...

Contudo,lutando até ao fim sempre.
Eu.......sempre :)