sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Um sentir que trago cá dentro!

Queda d’água

Sentada bem no cimo
De uma rocha acizentada,
Observo ao longe o caminho
Traçado pela água agitada...

Espuma que se forma à superfície
Dessa fonte que brota a natureza;
Perco-me na montanha,
Encontro-me na planície,
Só porque busco a eterna beleza!

Rio que bebe de seu afluente
Como planta que se alimenta da raiz,
Suco de frescura permanente
De cor dissolúvel para qualquer aprendiz.

Aprecio a frescura
Das árvores e da sua folhagem;
Destas águas são a cobertura
E o adorno de sua margem (...)

Saboreio a corrente
Num sobe e desce constante,
O meu entusiasmo é crescente;
Vejo numa pedra um lapidado diamante!

Todavia, esta dança das águas
Tem uma mãe que lhe é fiel;
Oxum é a suprema entidade
Que suaviza todas as mágoas,
Adoçando os lábios sequiosos
Do vulgo que prova o seu mel!

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