Processo de extracção
De partículas ínfimas
Pertencentes a um todo enorme;
Ergo-me por entre a multidão
E, levanto a minha mão
Num gesto desajeitado e disforme:
Peço o uso da palavra
Para defesa da minha voz
Tão doce quanto brava;
Sem limites, não lhe atam
Cordas enroladas em nós...
Nós mal conseguidos,
Soltando-se com rapidez;
Estandartes de bandeira
Pela arte erguidos
Com sumptuosa avidez
No verde de uma cimeira.
Verde, verde esperança
Que deste cor a meu prado,
Não mais te esqueço,
Resides na lembrança
Do trigo que semeei ao arado,
Separando o joio
Por uns quantos lavrado!
Árduo trabalho diário;
Submissão às leis da vida;
Estilo incógnito e precário;
Aparente rua sem saída...
O rótulo de perdida
Por entre o passado sofrido,
Deteriorou-se por eu ter vivido
Um presente, sobrevivendo
À oscilação da maré,
Acreditando sempre e vendo
Um farol orientador
Na minha humilde fé!
A oração que me pôs de pé
É a mesma que hoje faço;
Agora, com gratidão e amor
A todo e qualquer Ser.
Pois vivi e continuarei a viver
Seja de que forma for!
sábado, 8 de setembro de 2007
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