sexta-feira, 1 de junho de 2007

Não escrevo para agradar!

Ira

Feroz leoa;
Rainha poderosa
Sem coroa;
Mulher folgosa
Não anda à toa,
Sempre cuidadosa
Na arte de lutar,
Se um percalço a atordoa
A ergue uma raiva salutar...

Hei-la de novo matreira,
Criando nova estratégia:
Eles que deitem lenha na fogueira,
Que vivam sua própria tragédia!

Eu cá,
Eles lá;
A poesia num vaivém:
Palavras aqui e acolá,
Um escrever sincero
Para essa massa
De povo austero
Que não quer que eu vá
Além daquela gaveta,
Dia após dia ela passa
Incorrida na sarjeta!

Nego a esses senhores
A autoridade de me fazer parar!
Escrevo rimas,
Canto versos,
Versando os sabores
E dissabores;
Desenho universos
Com seus próprios construtores...

Que me destruam!
Que me insultem!
Que tentem, mas que não abusem!
Sendo cegos
Que apenas escutem:
Não escrevo para seus egos!

3 comentários:

Anónimo disse...

Só quando se ama verdadeiramente se sente a essencia da POESIA! Em cada palavra, frase, rima... transparecem sensaçoes, emoções, desejos sinseros... e á medida que vamos lendo, intensifaca-se essa verdade de SER e QUERER. A poesia é um jogo de palavras, tu és uma artista na forma como brincas com elas... é preciso sentir-se para se escrever. Parabens!
Pimpinha.

Anónimo disse...

Adorei ler este poema... concordo com a pimpinha tu és uma artista! Continua tens talento...
beijo!

Unknown disse...

A primeira coisa q me levou a ler este post foi o título,quantas vezes não dizemos ou escrevemos para agradar...Assim q li as primeiras linhas fiquei rendida à sia escrita,adorei.Só lhe posso pedir que continue o seu caminho,sempre dizendo o que lhe vai na alma.Beijos