«««««««««Lúcia Valente
Ontem, dia 14 de Julho às 22h30m, a gala no Teatro Sá da Bandeira deveria ter tido início, digo deveria, porque a entrada dos espectadores deu-se somente por volta das 22h30m e, portanto, gala que é gala começa com atraso.
À porta um aglomerado de pessoas; uma enorme limusine branca trazendo até à Invicta todo o luxo e glamour do dito jet7 nacional contudo, parece-me no mínino de mau tom que, uma das convidadas especiais da noite não tenha comparecido (eu não a vi; alguém viu?!), falo de Simone de Oliveira.
A organização desta gala ficou a cargo da Espectacular Produções e, a representar a mesma, a presença de Daniel Martins. Espectacular?! Sim, de facto foi espectacular a falta de coordenação entre som, luzes, músicas e apresentações!
Apresentarei mais à frente algumas (poucas) fotos, porque foi erguido um "sentido proibido" às máquinas fotográficas.
A apresentadora e anfitriã foi Rita Egídio e brilhou em palco com um misto de ritmo e sensualidade ao interpretar algumas músicas, acompanhada por um corpo de bailarinos. Fiquei chocada num sentido: o orçamento da organização deve ter sido muito restrito afinal, coitada da Rita, de cada vez que aparecia como apresentadora vestia sempre o mesmo vestido preto!
Foram 12 os transformistas que pisaram o palco arduamente; sim, porque estar a vestir a pele de uma personagem (mais ou menos expressiva) e ser limitado por pormenores como: troca de músicas; fumo projectado para o rosto dos mesmos; má qualidade de som e, pior que tudo, estar a fazer um excelente playback, cortarem a música e o artista ficar à deriva no palco movendo somente os lábios (...)
A homenagem a Guida Scarlatty (Carlos Pereira) foi muito sentida e, no meu ponto de vista, o momento mais intenso da noite. Carlos Pereira foi retratado através de uma projecção de diapositivos, desde o Senhor Arquitecto que foi, até à Miss Transformista que brilhou em múltiplos palcos. Foi, pela certa, o pioneiro do transformismo em Portugal e fê-lo numa época de censura! Admiro a sua coragem!
Carlos Pereira & Lúcia Valente
Hoje, aos 63 anos de idade vive dessas boas recordações e da imensidão de amigos que cultivou ao longo dos tempo.
A seu lado, na primeira fila da assistência estavam várias figuras públicas e a grande mulher que sempre o apoiou incondicionalmente - a sua mãe, já com mais de 80 anos.
O prémio carreira foi atribuído ao Perdigão, impossibilitado de actuar por questões de saúde, mas sempre de rosto sorridente dando a cara perante o mundo do espectáculo.
E, não obstante as peripécias ocorridas ao longo da noite, é chegado o momento de maior suspense: Senhores e Senhoras, a Raínha da Noite é... Roberta Kinski!
Tal como o famoso cronista Carlos Castro e, uma vez sendo eu cronista por um dia, também decidi atribuir uma laranja doce e uma laranja amarga.
VOILÁ:
Laranja doce » Rita Egídio
Laranja amarga » Espectacular Produções
1 comentário:
Bravo Senhora cronista: uma laranja doce para ti também...
Estás lindissima nessa foto, irradias umas luz muito própria, ténue e cintilante em simultaneo.
Parabéns! Como gostaria de te ter acompanhado, princesa.
Fazes aqui uma excelente abordagem desse acontecimento único... e, por razões obvias, nao pude estar ai mesmo. Contudo, através de ti... quase sinto o glamour vivido nessa noite. Um dia, serás tu também , estrela de cartaz numa dessas galas. Acredito no teu dom, na beleza e magia do teu show...
Só os que estavam presentes fizeram falta, como em tudo o resto na vida.
Muito bem....obrigada Senhora cronista.
Eu........sempre:)
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